Profissionais da Assistência Social da Educação já resgataram 182 alunos
Criciúma
Para mudar a nova realidade advinda com a proposta de lockdown nas escolas por causa da pandemia de coronavírus, que gerou grande evasão escolar nas unidades escolares de todos os municípios, a Secretaria Municipal de Educação de Criciúma está intensificando as atividades de busca ativa dos alunos que deixaram ou não tem uma constância de frequência nas aulas. Até o momento, 182 alunos retornaram às salas de aula.
“Nosso pedido de retorno presencial está sendo atendido, tanto pelos pais quanto pelo trabalho de nossa equipe. Lugar de aluno é na escola”, destacou o prefeito Clésio Salvaro. “Este trabalho está muito alinhado dentro da Secretaria de Educação. Os nossos profissionais realizam as buscas ativas diariamente e sempre estamos atentos aos números. Sabemos da importância desse trabalho, do convencimento que a escola é um lugar seguro e está preparada para receber os alunos”, frisou o secretário municipal de Educação, Miri Dagostim. A secretaria ainda está no resgate de 140 alunos.
Como funciona
Se o aluno tiver cinco faltas consecutivas e ou sete alternadas durante o mês, a escola municipal realiza cinco tentativas de contato com a família dos estudantes, podendo ser ligações telefônicas, mensagem, contato com amigos ou familiares próximos, etc. Após as cinco tentativas sem resultado, a unidade escolar encaminha para o setor de Assistência Social da Educação. “Encaminhado para o setor, eu faço a busca ativa desses alunos, vou até nas residências e converso com os pais ou responsáveis para entender o que está acontecendo. Nesse momento, fazemos a orientação e falamos sobre a importância desse aluno estar na escola”, explicou a assistente social, Adriana Alves de Andrade.
Conforme Adriana, a Assistência Social tem sete dias para resgatar esse aluno, caso não obtiver sucesso, a escola faz o encaminhamento para o Programa de Combate à Evasão Escolar (Apoia) do Conselho Tutelar, que também tem o prazo de 14 dias para buscar uma solução, após isso é encaminhado ao Ministério Público. “Muitos casos, eu vou mais de uma vez na casa da família e começamos a ter uma abordagem diferente. Agora, estamos esperando o aluno se arrumar e acompanhamos ele e os pais até a escola”, acrescentou a assistente social.
Além das visitas domiciliares, são realizadas reuniões com os pais ou responsáveis no período noturno e encaminhamentos intersetoriais quando identificado a necessidade das famílias, como as secretariais de Saúde, Assistência Social e demais órgãos.