Cidade do Oeste apresenta quadro bem diverso do que João Rodrigues apresenta em vídeos
Chapecó
O presidente Jair Bolsonaro deve visitar hoje (7) a cidade de Chapecó, dita pelo prefeito como exemplo no combate à Covid-19. Pela convergência de discurso do tratamento precoce, Bolsonaro acabou elogiando João Rodrigues, que não tem números bons para mostrar. A cidade, com 224.013, soma 535 mortos pela doença. Para se ter uma comparação, Criciúma, 217.311, ou seja, 6.702 a menos apenas, tem 363 óbitos.
Além disso, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados até a tarde de ontem (6) está em 97% e já registrou mortes na fila de espera por leito, chegando a transferir para fora do estado pacientes intubados por falta de vagas.
Restrições parecidas
Já as restrições do povo chapecoense é bastante semelhante ao feito por todo estado. Alguns serviços, como restaurantes e mercados, que puderam ficar abertos tiveram mudanças no horário de funcionamento e redução da capacidade de clientes. Houve também restrição à circulação de pessoas à noite na cidade. Além disso, igrejas, parques e praças foram fechados.
Bolsonaro acabou sendo levado a crer que o prefeito estava fazendo o trabalho preventivo em Chapecó e tinha solucionado a ocupação de leitos e diminuído a contaminação ou internações. A agenda do presidente Bolsonaro ainda não tem roteiro confirmado. No entanto, ele deve estar na cidade acompanhado do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Essa é a sétima vez que o presidente vem ao estado, sendo que duas foram para descanso durante a pandemia.
Mortalidade em Chapecó
A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes da doença em Chapecó é de 238,8. O índice é maior do que a média nacional, atualmente em 158,3, e estadual, com média de 158,1, segundo dados do Ministério da Saúde. O prefeito João Rodrigues assumiu a gestão em janeiro, com a cidade registrando 124 mortes pela doença e ainda com vagas em hospitais. Atualmente, a cidade tem mais de 500 mortes.