Projeto de pesquisa permite o gerenciamento remoto de reguladores de tensão
Criciúma
Nos últimos dois anos, acadêmicos e professores do curso de Engenharia Mecatrônica do Centro Universitário UniSATC se debruçaram sobre um projeto de pesquisa para colaborar com os serviços prestados nas cooperativas de energia elétrica do sul catarinense. Foi desenvolvida uma solução composta de software e hardware para gestão remota das principais variáveis de reguladores de tensão, utilizando rede de comunicação baseada em IoT (LPWA – SIGFOX) e permitindo pré-diagnóstico da integridade física e interação remota. Isso maximiza a qualidade do fornecimento e evita o deslocamento de profissionais até o local. Inicialmente, a tecnologia será aplicada pela Coopera, com sede em Forquilhinha, e a Cermoful, de Morro da Fumaça.
“O trabalho melhora a qualidade da energia fornecida e com isso amplia a satisfação dos nossos consumidores”, reforça o gerente do projeto Jefferson Spacek. Atuando na Coopera, de Forquilhinha, ele supervisionou a execução do projeto de pesquisa com a equipe de Engenharia Mecatrônica.
Agora, os estudos serão encaminhados para avaliação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve validar os resultados. Por meio de tecnologias emergentes, como internet das coisas (IoT), sistemas embarcados e customizados, a equipe de Engenharia Mecatrônica criou um sistema que permite o monitoramento do óleo dentro dos transformadores, sem a necessidade da visita dos técnicos no local.
“Trouxemos um problema real relevante para as cooperativas sendo pesquisa multidisciplinar, que resultou em uma solução aplicável”, destaca o coordenador do projeto e do curso de Engenharia Mecatrônica, João Mota Neto. Durante os estudos, o projeto foi desenvolvido, resultando em trabalhos de conclusão de curso, mestrado e publicações científicas.
O presidente da Coopera, Walmir Rampinelli, que também preside o Sistema Fecoerusc, quer levar a proposta para as demais cooperativas. “É importante trazer novas tecnologias que são fundamentais para encurtar as distâncias”, afirma Rampinelli.