Setor carbonífero reforça necessidade de novo parque termelétrico

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Representantes do setor se reuniram com diretoria da Acic para angariar mais apoio

Criciúma

Representantes do setor carbonífero, o presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Valcir Zanette, e o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, também diretor da Satc, se reuniram virtualmente na noite de segunda-feira (26) com a diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), dos conselheiros da entidade, integrantes do Fórum de Entidades de Criciúma (Forcri) e Observatório Social de Criciúma para mostrar a necessidade de um novo parque termelétrico na região.

“A situação do setor requer atenção do Poder Público face o fim da vida útil das usinas existentes e o fim, em 2027, do mecanismo legal que remunera as empresas carboníferas. Para tanto, ressaltamos a necessidade de estruturar um novo parque termelétrico, para que possamos ir substituindo, gradativamente, as usinas que serão desativadas, dando um horizonte de longo prazo para a indústria e região, com a atração de investimentos”, detalhou Zancan.

Para sustentar a economia do Sul de SC é necessário manter a atividade da cadeia produtiva e, ao mesmo tempo, estruturar um programa de substituição do parque térmico atual, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL). “Solicitamos o engajamento da Acic para apoiar o Programa de Modernização do Carvão, que está em estudo pelo Ministério de Minas e Energia, para que possamos construir uma indústria sustentável”, acrescentou Zanette, também vice-presidente da Acic.

Apoio ao setor

O presidente da Acic, Moacir Dagostin, agradeceu a exposição do Siecesc e colocou a entidade à disposição para apoiar o setor e os pleitos junto ao Governo Federal e Estadual. “O carvão mineral é um importante segmento da nossa economia, que por muitos anos foi a principal atividade econômica de Criciúma, e permanece até hoje importante para a região Sul. A Acic sempre esteve na defesa do setor e de toda a sua relevância para o nosso desenvolvimento e não seria diferente neste momento. Colocaremos este assunto na pauta e buscaremos a sensibilidade dos governos para este movimento em prol do setor”, salientou Dagostin.

Indústria carbonífera

Atualmente, a indústria carbonífera representa 30% na economia do Sul catarinense, impactando 15 municípios onde habitam mais de 600 mil pessoas, afetando, direta e indiretamente, 83 mil pessoas. A cadeia produtiva do carvão é composta pelas empresas mineradoras, Ferrovia Tereza Cristina, Complexo Jorge Lacerda e pela indústria de subprodutos da combustão (cinza).