“Precisávamos mudar, enquanto é tempo. Temos todas as possibilidades de estar no G4 do Catarinense, mas claro, mudando radicalmente a forma como estamos jogando. Queremos passar à próxima fase da Copa do Brasil e entrar fortes na Série B desde a primeira rodada”. Essas foram algumas das justificativas apresentadas pelo presidente Jaime Dal Farra para as demissões do técnico Doriva e do diretor de futebol, Nei Pandolfo, anunciadas por meio de comunicado oficial na noite de segunda-feira.
O dirigente falou sobre a decisão no dia seguinte. Também comentou que a equipe começou bem, mas caiu de rendimento e estava abaixo do que se projetava para o Estadual, além de anunciar investimentos e confirmar a vinda de reforços.
“Foi uma decisão difícil. Tínhamos um planejamento com essa comissão e com a direção de futebol. Mas avaliando, com nossos vice-presidentes e diretores, que trabalham conosco no dia a dia, a gente chegou à conclusão de que os resultados não eram bons, apenas satisfatórios e em virtude disso entendemos que deveria haver a mudança”, expôs.
“A gente tem planos de estar no G4 do Estadual e o planejamento vai seguir. Acreditamos que temos possibilidades, pelos jogos que teremos pela frente. Os três clássicos são em casa (contra Chapecoense, Avai e Joinville) e dos que a gente joga fora, três são contra os últimos colocados (Atlético Tubarão, Metropolitano e Hercílio Luz). Então, acreditamos que é possível fazer seis vitórias e estar no G4”, afirmou Dal Farra.
“Temos a Copa do Brasil, que também é muito importante para nós, queremos passar para a próxima fase, e também nos preparar para o Brasileiro, fazer um ano bom e buscar o acesso à Série A”, enumerou.
Avaliação
O dirigente também detalhou como foi feita a avaliação que levou ao desligamento dos dois profissionais. “A gente avalia os cinco últimos jogos. Tivemos três jogos em casa e dois fora e só garantimos uma vitória, um empate e três derrotas, muito aquém do que a gente esperava”, revelou.
“Já vínhamos avaliando e cobrando muito do Nei (Pandolfo). Fiquei muito preocupado no jogo contra o Hercílio, que a gente não esteve bem (o Tigre venceu de virada por 3 a 1). E no sábado, contra o Marcílio (empate por 1 a 1) também o time continuou não produzindo aquilo que a gente entendia”, complementou o presidente.
“O perfil que a gente espera, e já quero colocar para o novo treinador e para a direção de futebol, é de um time aguerrido, à altura da tradição do Criciúma. A gente investiu, fez o terceiro maior investimento do Estado, só perdemos para Chapecoense e Avaí, e esperava mais”, reforçou.
Saída de executivo já estava encaminhada
Conforme o presidente Jaime Dal Farra, a saída do executivo de futebol já estava encaminhada. “Dentro do planejamento, já estava acertado com o Nei (Pandolfo) que ele não ficaria se o time não chegasse à final do Catarinense. Como a gente viu que no caminho que estava dificilmente chegaria, decidimos pela saída. O desempenho não foi o esperado”, reitera.
O dirigente declara que Ricardo Rocha continua assessorando o clube e fazendo um trabalho de relações públicas. “Vinha cobrando dele, vínhamos conversando desde domingo e depois com a minha diretoria decidimos pela rescisão de contrato do treinador e do diretor de futebol”, coloca.
Com Doriva, o Criciúma teve aproveitamento de apenas 43,33%. Dos 30 pontos disputados, foram conquistados 13, com quatro vitórias e um empate. Nos outros cinco jogos disputados, o tricolor saiu de campo derrotado.
Reforços
Dal Farra confirma que o clube fará contratações para o restante da temporada e justifica a demora para o acerto. “A dificuldade é de mercado, para encontrar um atacante no perfil que precisamos, por exemplo. Priorizamos trabalhar no menor erro possível. Vão vir jogadores, mas neste momento é difícil, porque os campeonatos estão em andamento. A ideia é investir, seguindo os valores de mercado”, argumenta.
Segundo ele, a prioridade é contratar um gerente de futebol, o que até o fechamento desta matéria não havia ocorrido. “Já estamos em conversa com treinadores, alguém que venha para fazer história, com a ambição de fazer os resultados, com o espírito vencedor”, define o presidente.
Para a partida de domingo, contra a Chapecoense, no estádio Heriberto Hülse, o auxiliar técnico Wilsão assumirá a equipe interinamente.
Criciúma sai atrás, mas vai buscar empate
No último jogo sob o comando de Doriva, o Criciúma somou um ponto no Campeonato Catarinense. No sábado, pela 11ª rodada da competição estadual, Tigre e Marcílio Dias empatam em 1 a 1. O gol tricolor foi marcado por Caíque, aos 33 minutos do segundo tempo.
O tricolor começou tendo as melhores chances de abrir o placar. Aos 18 minutos, Ceará fez boa jogada pela esquerda e finalizou muito perto da meta do Marcílio. Na sequência, Reis, também pela esquerda, chutou cruzado, levando perigo.
Na segunda etapa, o Criciúma criou novas chances. Aos 15 minutos, Reis recebeu passe na área e finalizou por baixo, mas o goleiro espalmou. Novamente o atacante carvoeiro tentou aos 24 minutos e esbarrou na defesa do Marcílio.
Mesmo assim, quem abriu o marcador foi o time de Itajaí, com Roni, aos 28 minutos. A resposta tricolor veio rápido: aos 33 minutos, Caíque recebeu cruzamento no escanteio de Daniel Costa e deixou tudo igual. Na reta final, o Tigre seguiu tendo algumas oportunidades de gol, mas o placar ficou mesmo no 1 a 1. Doriva armou o time com Luiz; Maicon (Carlos Eduardo), Sandro, Federico Platero e Marlon; Zé Augusto, Bruno Cosendey (Caíque) e Daniel Costa; Andrew, Reis e Ceará (Reinaldo).