Quem consome acima de 10 metros cúbicos paga mais caro, com acréscimos que podem chegar no máximo a 10%
Da Redação
A Casan tem uma nova estrutura tarifária, colocada em prática desde março. Este novo modelo de faturamento dos serviços de saneamento, vigente em todos os 195 municípios atendidos pela companhia, foi definido pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc).
Entre as principais mudanças está a extinção da antiga Taxa de Volume Mínimo de 10 metros cúbicos (10m³), que era de R$ 45,19. Agora o usuário paga o que de fato consumir.
Outra alteração é a inclusão na fatura da Tarifa Fixa de Disponibilidade de Infraestrutura (TFDI), no valor de R$ 29,49. Todos os usuários pagam esse valor, que representa o custo que a companhia tem com toda a infraestrutura e insumos relacionados à captação, tratamento e distribuição da água, assim como aos serviços de coleta e tratamento de esgoto.
Para o cálculo da nova fatura, são associados à TFDI valores específicos por metro cúbico, que levam em conta o consumo real de cada imóvel.
Entre 1 e 10 metros cúbicos, por exemplo, o valor é de R$ 1,96 por metro cúbico (a cada 1 mil litros). E entre 11 e 25 metros cúbicos o valor passa para R$ 9,11 (veja tabela).
Com essa nova estrutura de cobrança dos serviços de saneamento, todos os clientes que consomem até 8m³, que representam cerca de 50% dos usuários, estão tendo redução na conta de água/esgoto se mantiverem esse histórico.
Por outro lado, quem consome acima de 10 metros cúbicos está pagando mais caro, com acréscimos que podem chegar no máximo a 10%.
O pagamento dos custos de operação de esgoto permanece igual ao da estrutura anterior, sendo faturado 100% do valor consumido em água.
Criciúma assina aditivo com a Casan
Na semana passada, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, assinou um aditivo de 5% junto à Casan em reunião com a presidente do órgão Roberta Maas dos Anjos e com o secretário Chefe da Casa Civil, Amandio João da Silva Junior.
Este aditivo é previsto na nova estrutura tarifária da Aresc, que entrou em vigor em abril de 2020. Os municípios que têm contrato com a Casan e que já receberam a minuta do contrato e o devolveram, já podem assinar este 5% de aditivo sobre o faturamento bruto. O valor do aditivo serão destinados ao Fundo de Saneamento Básico do Município e poderão ser usados em obras e ações de saneamento em Criciúma.
Abastecimento na região é garantido
Apesar de abaixo do leito normal, o rio São Bento garante o abastecimento de água para a região carbonífera, segundo o superintendente regional Sul/Serra da Casan, Gilberto Benedet. O município que mais sofre com a estiagem na região da Amrec é Cocal do Sul, que ontem informou que o Samae da cidade está adquirindo água da Barragem do Rio São Bento, da Casan, portanto.
Ontem (19) parte da população de Cocal do Sul já começou a receber água da barragem do Rio São Bento. As obras ampliando em 300 metros de rede de água, foi iniciada na semana passada e encerrada ontem. A ligação envolve a rede de água da Casan, no bairro São Simão, em Criciúma, passa pela rede da Samae de Morro da Fumaça, chegando a rede de Cocal do Sul, abastecendo cerca 700 famílias, dos bairros Boa Vista, Centro, União, Brasília, Horizonte Guanabara e Cristo Rei.
Segundo o prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, isso vai reduzir o tempo de desabastecimento que chegou a 36 horas. “Pretendemos reduzir para 12 a 16 horas”, informou.