Comissão criciumense buscará liberação do transporte coletivo

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Comitê de Crise do Estado e Alesc serão procurados para discutir a retomada dos serviços de transporte

Criciúma

O transporte coletivo segue suspenso por tempo indeterminado em Santa Catarina. Com a liberação do comércio, há quase um mês, muitos trabalhadores tem tido dificuldade de chegar ao seu local de trabalho sem os ônibus à disposição. Preocupados com empregos, trabalhadores do setor já pensam em fazer protestos. Ontem, para tentar resolver o problema de forma mais amigável, discutiu-se a retomada do serviço e ações de convencimento com a criação de uma comissão com representantes da Câmara Municipal de Criciúma e setores do transporte buscando um encontro na capital para viabilizar a liberação.

“A Câmara organizou esse encontro e decidimos buscar uma reunião com o Comitê de Crise do Governo do Estado e com a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa”, pontuou o vereador Salésio Lima, presidente da Comissão de Obras e Transporte, que organizou o encontro. Segundo o parlamentar, a comissão deverá buscar ainda representares de Câmaras de outros municípios para fortalecer o pedido.

A Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU) garante que tem condições de promover a segurança dos passageiros, caso haja a retomada. “Tivemos, hoje, mais uma tentativa de mostrar ao Governo a necessidade do transporte coletivo em Criciúma, e em todo o Estado. Quando há uma greve, por exemplo, os juízes determinam a obrigação de manter o transporte coletivo por ser de primeira necessidade, e agora, porque isso não é mais considerado?”, pontuou o presidente da Associação, Everton Trento.

Além do emprego de motoristas e funcionários do ramo, a falta do transporte tem afetado diretamente o movimento no comércio de Criciúma. Segundo a presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Andrea Salvalaggio, a volta da circulação dos ônibus é importante para muitos comerciantes. “O comércio tem sentido demais a falta do transporte. Existem muitas coisas que estamos tentando entender, como a paralisação desse serviço essencial. Nós, do comércio, nos adaptamos para funcionar e eu acredito que o setor do transporte também tenha capacidade de se adaptar”, pontuou.

A Comissão buscará o retorno gradual do transporte com, ao menos, 50% da frota disponível de cada empresa. Participaram da reunião representantes da Câmara Municipal de Criciúma, ACIC, CDL, Diretoria de Trânsito, Sindicato dos Transportes e ACTU.