Moro sai atirando

Apontado em pesquisas como o homem de maior credibilidade do Governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro jogou a toalha. Na manhã desta sexta-feira, depois de ser surpreendido pela demissão de Maurício Valeixo, o ex-juiz Federal reuniu a imprensa e comunicou sua decisão de deixar o governo. A saída de Moro, por si só, já seria motivo para estremecer o Planalto.  Mas o problema maior não foi a saída e sim como ele saiu. Moro deixou o governo atirando. Disse que pediu o chapéu porque recebeu de Bolsonaro a promessa de carta branca. “Agora ele estava falando em demitir o chefe da Polícia Federal. Disse que isso seria interferência política e ele confirmou que erra isso mesmo”. Moro foi além. Disse que Bolsonaro estava querendo informações de investigações da Polícia Federal e que por isso não tinha mais clima para ficar no governo.

Repercussão

Minutos depois as reações a saída de Moro começaram. Fernando Henrique Cardoso falou em renúncia. O presidente da OAB enxergou fato grave e os parlamentares, muitos deles, apontaram para um possível impeachment.

Por aqui

Em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés agiu rápido. Enxergou no “Desemprego” de Moro uma chance de melhorar sua popularidade. Não teve dúvidas. Fez um convite para que Sérgio Moro integre o primeiro escalão do Governo de Santa Catarina, até agora sem resposta.

A fala de Bolsonaro

Jair Bolsonaro não engoliu calado. No final da tarde chamou entrevista coletiva. Com todos os seus ministros ao fundo, o presidente começou dizendo que nada melhor do que conviver com alguém para conhecer bem o caráter desta pessoa. Deixou a entender que Moro privilegiou apenas sua “patotinha” de Curitiba. Negou que tenha tentado interferir na Polícia Federal, mas admitiu ter cobrado sim apuração do caso de tentativa de assassinato sofrida por ele durante a campanha. “Deu mais atenção ao caso Mariele que ao caso do seu chefe maior. Isso é interferir?”. Bolsonaro também reafirmou que foi Valeixo, em manifestação aos seus superintendentes, que manifestou seu desejo de deixar a PF. Bolsonaro também reafirmou que Moro condicionou a troca de Valeixo a uma indicação dele para vaga no STF.

Mensalidades

Orientação do Procon é para que cada pai ou estudante negocie de maneira individual possíveis descontos na mensalidade. “Momento de conversar, negociar e buscar um entendimento. Procon não vai criar nenhuma norma, mas vai orientar as escolas”, explica o coordenador do Procon Gustavo Colle.

Abrir mais

Presidente da Acic, Moacir Dagostin, voltou a lembrar da necessidade de retomada do Transporte Coletivo. “E também das indústrias que estão operando só com 50% da capacidade. Governo precisa rever isso, mas vamos aguardar as próximas semanas”. A Acic está encabeçando a campanha Juntos de Coração que busca recursos para ajudar entidades, hospitais e famílias carentes.

A tainha

Começa na próxima sexta-feira a pesca da tainha em todo o litoral de Santa Catarina. Expectativa dos pescadores é que a safra de 2020 seja a melhor dos últimos anos. “Promessa de vento sul e frio em boa quantidade indica que as condições vão ser favoráveis. Se isso acontecer, vamos ter uma boa pesca. Vamos torcer porque os últimos anos não foram bons e tivemos também safras ruins de anchova e corvina nos últimos meses”, explica o presidente da Colônia Z-33 João Picollo.

Kits

Famílias em vulnerabilidade Social de Içara estão, desde ontem, recebendo kits de alimentação com produtos da agricultura familiar. Os kits foram montados com parceria da Cooperativa da Agricultura Familiar de Içara. A ação visa reforçar a mesa de quem mais precisa e mais está sendo impactado pela pandemia.

FGTS

A caixa deve anunciar em maio o calendário para o saque já anunciado de mais um salário mínimo das contas ativas e inativas do FGTS. Medida foi anunciada para aliviar o bolso do trabalhador neste momento de crise. Saques serão liberados a partir do dia 15 de junho. Estimativa é que com mais esse saque, 80% das contas do FGTS serão zeradas. Vale lembrar que o saque não interfere no cálculo em caso de rescisão.

Impeachment

Lula se manifestou ontem e disse que vai aderir ao “Fora Bolsonaro”. O ex-presidente se manifestou após o PT aderir a frente pró impeachment encabeçada por Psol, PSB e PDT.