Universidade e Polícia Ambiental acompanham ocorrências semelhantes durante o inverno no litoral catarinense
Balneário Rincão
Quatro pinguins foram encontrados mortos na faixa de areia de Balneário Rincão no último fim de semana. Os animais foram localizados em área próxima ao trecho monitorado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e pela Polícia Militar Ambiental (PMA), que acompanham episódios frequentes de encalhe no litoral nesta época do ano.
De acordo com a coordenadora do Educamar, Suelen dos Santos, o ponto específico em que os animais apareceram não está sob vigilância direta, mas situações desse tipo costumam se repetir durante o inverno. A especialista explicou que muitos desses pinguins são considerados errantes, pois acabam se separando do grupo durante o deslocamento pelo oceano.
“Nesta época do ano é bem comum encontrarmos vários pinguins mortos na praia. Infelizmente, alguns desses são errantes, ou seja, que se perdem do seu grupo. Como a maioria já está muito debilitada pelo longo trajeto que fazem da Patagônia até o litoral brasileiro, infelizmente acabam não resistindo”, afirmou.
Segundo Suelen, a jornada desde a região da Patagônia até o Brasil é extensa e desgastante, o que pode comprometer a sobrevivência dos animais, especialmente os mais jovens ou frágeis. Com o cansaço acumulado e dificuldades de alimentação durante o percurso, alguns pinguins chegam enfraquecidos à costa.
O Educamar, que atua com educação e conscientização ambiental, informa que o aparecimento desses animais mortos na beira-mar é um indicativo da necessidade de reforço no monitoramento e nas ações de preservação, principalmente no período migratório. A presença da PMA e da Unesc no acompanhamento de trechos específicos visa registrar e analisar as ocorrências de encalhes e óbitos entre espécies marinhas.
Casos como o do fim de semana não são isolados, e a recomendação é que moradores ou visitantes da praia comuniquem às autoridades ambientais sempre que observarem animais marinhos vivos ou mortos na areia. A Unesc mantém equipes capacitadas para atender esse tipo de ocorrência, contribuindo com dados para estudos científicos e medidas de conservação.
