Casos e mortes por dengue caem mais de 90% em SC

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Estado atribui queda ao trabalho conjunto com municípios e ações preventivas desde 2023

Da Redação

Santa Catarina registrou queda de 91% nos casos e de 95% nos óbitos por dengue no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pelo governo estadual na segunda-feira (7), durante coletiva sobre o cenário da doença. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a redução está ligada a ações conjuntas com os municípios, como intensificação da campanha de combate ao Aedes aegypti, ampliação da vacinação e distribuição de testes rápidos.

Entre janeiro e junho de 2025, foram registrados 27.065 casos prováveis de dengue, contra 329.496 no mesmo período do ano anterior. O número de mortes caiu de 341 para 15. “Os números positivos são resultados das ações que estamos realizando desde 2023 em conjunto com os municípios. Por orientação do governador Jorginho Mello não vamos baixar a guarda e seguiremos com as estratégias no segundo semestre”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

A queda em Santa Catarina supera a média nacional, que foi de 75% nos casos e 76% nos óbitos, de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). As ações adotadas ganharam reforço com a aquisição de 800 aparelhos de hematócrito rápido, que auxiliam na avaliação de pacientes com suspeita da doença. Os equipamentos foram distribuídos a 175 municípios.

A campanha de vacinação contra a dengue também foi ampliada. Adolescentes de 10 a 16 anos estão sendo vacinados em 100 municípios, incluindo novas regiões como Foz do Rio Itajaí e Alto Uruguai Catarinense. Além disso, o Estado investiu mais de R$ 15 milhões desde 2023 em campanhas de comunicação, com foco na prevenção e no envolvimento da população.

A SES alerta, no entanto, que a situação ainda exige atenção. “A dengue é uma doença cíclica e pode voltar com força se os cuidados forem abandonados. Cada tampinha de garrafa ou calha entupida pode se transformar em um criadouro”, disse João Fuck, diretor da Dive.

Entre as próximas ações estão a revisão do plano de contingência, capacitações para profissionais e reforço nas mobilizações de combate ao mosquito.