Atica foi lançada na semana passada e já iniciou atendimentos, com fila de espera de 30 crianças
Criciúma
Cinco mães de Criciúma criaram a Associação de Tratamento Intensivo para Crianças Atípicas (Atica), com o objetivo de oferecer suporte especializado a crianças com paralisia cerebral e síndromes raras. O lançamento oficial da entidade ocorreu na semana passada (terça-feira,18), às 19h, no Salão Ouro Negro da prefeitura. A iniciativa teve início com atendimentos realizados na casa de uma das fundadoras e surgiu da necessidade de ampliar o acesso a terapias intensivas.
A associação é liderada por Jaktaner Pereira, Vanderleia Nazário, Maria Manuela Lohn, Jane Helen Gomes e Áurea Valesca Mendonça. A ideia começou a tomar forma no bairro Buenos Aires, onde Jaktaner adaptou um espaço em sua residência para oferecer sessões de fisioterapia a cerca de 20 crianças. “Eu sempre busquei formas de levar qualidade de vida para meu filho Manoel. Depois de muita pesquisa, descobri a ‘Gaiola de Habilidades'”, disse. “Com a ajuda de familiares e amigos, realizamos um almoço beneficente e consegui construir esse material. Mas para as fisioterapias, é preciso um profissional. Com outras mães nessa mesma luta, buscamos uma solução”, relatou.
A primeira reunião para viabilizar a Atica foi realizada em 2 de abril e contou com a presença de outras mães envolvidas na causa: Bruna Quadros, Katiane Medeiros, Lauriana Almada, Jéssica Bruna Nunes, Erica Nazário, Ediane da Silva, Erica Rocha e Cátia Vargas. Desde então, o grupo passou a organizar a estrutura da entidade e iniciou os atendimentos com apoio de empresas locais. “No dia 18 de junho, daremos nosso último passo para a abertura da Atica. Faremos o lançamento do edital. Esse passo será o pontapé inicial para a criação formal da associação, o que nos permitirá regularizar o espaço e, finalmente, atender mais pacientes”, explicou Jaktaner.
A Atica já tem fila de espera com 30 crianças. A expectativa é que, com a aquisição de um novo espaço, a associação possa ampliar a oferta de atendimentos e incorporar serviços como fonoaudiologia e apoio pedagógico para crianças de até cinco anos, o que, segundo as mães, poderá contribuir para que muitas delas retornem ao mercado de trabalho com mais segurança.