Micro e pequenas empresas lideram expansão do setor, impulsionado por autoconstrução e consumo em lojas de bairro
Da Redação
O comércio de materiais de construção em Santa Catarina registrou crescimento de 7,6% em 2025, índice superior à média nacional de 3,8%, segundo dados do IBGE e estudo do Sebrae-SC divulgados nesta terça-feira (17). O desempenho coloca o estado na terceira posição entre os que mais expandiram no setor, atrás de Ceará (18%) e Rio Grande do Sul (11,4%), beneficiando mais de 18,5 mil micro e pequenas empresas dedicadas à venda de itens como ferragens, vidros, tintas e madeira.
O aumento da demanda por reformas e pela construção de novos empreendimentos é apontado como um dos principais fatores para esse crescimento. O estudo indica que os consumidores passaram a priorizar compras frequentes e em menores volumes, favorecendo o atendimento ágil e a proximidade oferecida por estabelecimentos de bairro.
O governador Jorginho Mello relacionou o avanço do setor ao cenário econômico e à atratividade do estado. “O setor imobiliário de Santa Catarina está muito aquecido, principalmente pela construção de novos empreendimentos residenciais e comerciais. Isso acontece porque as pessoas querem morar e trabalhar no estado mais seguro do país e o que gera mais oportunidades. Essa dinâmica movimenta todo o setor, desde as grandes até as pequenas empresas, que são aquelas que mais empregam”.
Entre os 18,5 mil pequenos negócios voltados à venda de materiais de construção em Santa Catarina, 10,6 mil são microempresas, 4,8 mil são microempreendedores individuais e 2,9 mil são empresas de pequeno porte. A maioria desses estabelecimentos está concentrada nas maiores cidades do estado, com destaque para Joinville (1.421 lojas), Florianópolis (922), Itajaí (726), Blumenau (644) e Palhoça (590). O setor representa aproximadamente 9% do total de 212 mil pequenos empreendimentos do varejo catarinense.
O levantamento do Sebrae-SC também observa que a busca por conveniência tem influenciado o comportamento do consumidor. “Esse movimento é impulsionado por fatores como o crescimento da autoconstrução e das reformas pontuais, o avanço do comércio digital, o fortalecimento de marcas locais com atuação em bairros e comunidades, e a preferência por compras de reposição com menor volume e maior frequência. Ao mesmo tempo, observa-se um cliente mais informado e exigente”, diz o relatório.
A expectativa é de que, com a manutenção do ritmo do mercado imobiliário, as vendas do setor continuem em expansão ao longo do ano.