Em agosto, foram adicionadas 920 vagas com carteira assinada na região, desempenho contribuiu para que o acumulado do ano superasse 12 mil novos postos de trabalho
Criciúma
A mesorregião Sul catarinense registrou em agosto o oitavo mês seguido de saldo positivo na geração de empregos formais, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao longo do mês, foram adicionadas 920 vagas com carteira assinada na região. Embora tenha sido o menor resultado para o mês dos últimos cinco anos, o desempenho contribuiu para que o acumulado do ano superasse 12 mil novos postos de trabalho formalizado. O saldo chegou a 12.019, acima dos 11.328 empregos acrescentados entre janeiro e agosto de 2023.
Dessa forma, o Sul do Estado conta com estoque de 326.006 empregos formais, sendo 158.583 na Região Carbonífera, que em agosto obteve saldo líquido de 458 novas vagas, resultado levemente superior ao mesmo mês de 2023 (427).
Com isso, no acumulado do ano, o saldo na Amrec chegou a 5.910 empregos adicionados, apresentando crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.494).
Entre os 12 municípios que compõem a Região Carbonífera, dez obtiveram resultados positivos em relação à geração de empregos em agosto e dois tiveram variações negativas. No acumulado do ano, todos mantêm saldo positivo, sendo Criciúma o de melhor desempenho, com 2.533 empregos adicionados, e Treviso o de menor quantidade (22).
Setores
No mês de agosto, para Criciúma, Amrec e Sul catarinense, o setor agropecuário foi o único que obteve geração líquida negativa de emprego. Por outro lado, a indústria e os serviços foram os que registraram o melhor desempenho. No acumulado do ano, os setores que mais se destacaram também foram serviços e indústria, marcando a Região Carbonífera 2.360 para serviços e 2.426 para a indústria. O único segmento que teve geração líquida negativa de empregos na Amrec no acumulado do ano foi a agropecuária (-18).
Avaliação
“Para os próximos meses, a expectativa é de que o mercado de trabalho continue a melhorar, embora em um ritmo possivelmente mais moderado do que o observado até agora, com o resultado dos últimos meses já apontando tal cenário”, observa o economista Leonardo Alonso Rodrigues.
“No contexto doméstico, uma das principais preocupações está nas contas públicas. Recentemente, as metas fiscais foram revisadas para baixo, o que sinaliza um cenário mais desafiador. E isso pode refletir no mercado de trabalho, até que haja clareza sobre o cenário fiscal”, acrescenta o também economista Alison Fiuza.