João Batista Freitas, de 72 anos, é um torcedor apaixonado pelo time carioca desde os 12 anos

Içara

Cada torcedor expõe sua paixão pelo clube de coração de formas diferentes. Em Içara, João Batista Freitas, de 72 anos, foi torcedor do time carioca desde os 12 anos, e agora resolveu criar um espaço para guardar todos os produtos que tem a marca do Vasco, que adquire ou que ganha.

Quando garoto, nos anos 60, ele tinha uma queda pelo Metropol, porém já gostava do Vasco. A primeira vez que viu o time Cruz de Malta foi no ano de 1965, quando o clube carioca veio enfrentar a equipe criciumense. Naquela equipe jogava o zagueiro Brito, que foi tricampeão mundial com a seleção brasileira em 1970. Ainda hoje, Bastista mantém contanto com Brito através do WhatsApp.

Como colecionar dos produtos vascaínos, Batista iniciou no ano de 2021 e no ano de 2022 começou a construir um espaço somente para guardar as relíquias que estava conquistando. Em 2023, a obra ficou pronta e hoje virou um templo sagrado com os produtos com a marca do Vasco. Somente camisas do clube são mais de 500, todas oficiais, sejam adquiridas diretamente nas lojas ou então compradas de algum outro colecionador.

“Cada peça que eu tenho aqui está relacionada com a história do Vasco, seja uma camisete, um boné, um copo, uma medalha. Inclusive nestes últimos anos virei sócio do clube e ajudei com doação para a reconstrução do Centro de Treinamentos”, fala. Para se inteirar mais sobre a história do clube, Batista resolveu participar do grupo de colecionares, com mais de 200 participantes, sendo a maioria do Rio de Janeiro.

Para ter toda a história do Vasco nas mãos e na mente, Batista também conta com vários livros e revistas publicadas ao longo dos anos, que trazem as conquistas. “A parte que mais me marcou na história do Vasco foi a inclusão dos negros, operários e pobres no clube. O time foi campeão em 1923, e então os clubes cariocas criaram outra liga e deram como condição para o Vasco entrar, que ele teria que tirar do clube, os negros, os pobres e operários, e o Vasco fez uma resposta histórica através de uma carta, que não participaria da competição, foi quando a equipe participou dos jogos utilizando camisetas pretas”, relata Batista.

Ele disse que os representantes da Liga resolveram aceitar o Vasco no campeonato, mas com uma condição, o clube teria que ter campo próprio, foi quando o Vasco começou a construir o estádio de São Januário, em 1927, na época o maior estádio do Brasil e também da América Latina. Já para ele, na questão de títulos, o mais marcante foi a conquista da Taça Libertadores, em 1998. “Os anos da década de 90 foram considerados dourados para o Vasco, pois marca as grandes conquistas do Clube”, destaca.

Como todo bom vascaíno das antigas, Batista tem como ídolo o atacante Roberto Dinamite, que jogou por 21 anos totalizando 1.110 jogos, com 708 gols marcados. Dinamite ainda tem números a serem batidos no futebol brasileiro, como sendo o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro com 190 gols. Ele também marcou 284 gols em campeonatos cariocas. Somente no estádio de São Januário, Roberto Dinamite marcou 184 gols. “Maior ídolo é o Roberto Dinamite, mas tem outros jogadores que eu admiro muito como o goleiro Carlos Germano e o meia Juninho Pernambucano”, conta.

Batista não conhece ainda o estádio de São Januário, mas está marcando uma viagem para o Rio de Janeiro no mês de agosto, quando conhecer todos os ativos do clube, como o Centro de Treinamento, estádio, sede náutica, museu e os amigos do grupo. Batista costuma falar que torce para dois times. “Sempre torço para o Vasco vencer e também estou sempre torcendo para o Flamengo perder. Ganhar um clássico do Flamengo é muito bom”, confessa.