Brusque reclama de dois possíveis pênaltis no empate com o Tigre e recebe novo VAR da federação
Criciúma
A final do Campeonato Catarinense segue repercutindo fora de campo. Diante da manifestação do Brusque, que reclama de supostos erros de arbitragem pela não marcação de dois pênaltis, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) emitiu nota oficial e divulgou o vídeo do momento em que os lances eram analisados na cabine do Árbitro de Vídeo (VAR), sob comando de Rodrigo D’Alonso Ferreira.
O Brusque se posicionou na manhã de ontem (8) sobre a arbitragem em nota de repúdio. Reclama de dois pênaltis que não foram marcados para a equipe Quadricolor. Os lances envolvem os zagueiros Rodrigo e Tobias Figueiredo. “Desde o anoitecer do último sábado o Brusque FC está impotente, prejudicado por dois dos maiores erros do futebol catarinense. Tão revoltante que já nem sabemos se a palavra erro é a mais apropriada para explicar tamanho prejuízo causado ao clube”, diz a nota do clube.
Em resposta, a FCF, também em nota, concordou com as decisões tomadas pelo árbitro da partida, Ramon Abatti Abel, em conjunto com o VAR. O Brusque reclama que a bola tenha tocado no braço do zagueiro Rodrigo, após chute de Paulinho Mocellin, ainda no primeiro tempo. Sobre este lance, a FCF afirma que não há clareza sobre a existência do toque no braço de Rodrigo. Na sequência, a bola ainda toca no peito de Barreto.
“Os áudios deixam claro as razões das decisões tomadas e interpretadas pela equipe do VAR, que foram ao encontro das decisões de campo. Quanto ao primeiro lance, em análise preliminar, observado por distintas câmeras, assim como fez a equipe VAR, não há clareza sobre a existência de toque no braço esquerdo do jogador Nº 3 após chute em direção ao gol, sendo que na sequência a bola vai de encontro ao peito do jogador nº 8, ambos atletas do Criciúma”, diz a FCF.
No segundo lance, ocorrido na etapa final, o Brusque pediu pênalti após o zagueiro Tobias Figueiredo tocar com o braço na bola. A FCF reconhece o toque no braço, porém argumenta que a decisão está correta, uma vez que o braço está “em posição natural”.
“De acordo com as regras do jogo, o jogador defensor não assume nenhum risco com os movimentos de suas mãos ou braços, pois ele encontra-se em movimento natural para a disputa, não ampliando seu corpo de forma antinatural sendo a posição de sua mão e braço uma consequência do movimento do corpo. Nessa ação específica é totalmente justificável por esse movimento. Não é imperativo que o braço permaneça junto ao corpo para se encontrar em posição natural”, considera a FCF.
O Criciúma conquistou o bicampeonato ao empatar em 1 a 1 com o Brusque no último sábado, dia 6, em duelo no estádio Heriberto Hülse. O Tigre venceu o confronto de ida por 2 a 1 e por isso tinha a vantagem do empate. Colaboração Thiago Hockmüller.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FCF
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) dando continuidade a transparência que é uma marca desta entidade, disponibiliza os dois vídeos com seus respectivos áudios do jogo da final do Catarinense Fort Atacadista 2024 ocorrido no último sábado (06/04) entre Criciúma e Brusque.
O primeiro lance ocorreu aos 37 minutos do primeiro tempo e o segundo aos 45 minutos do segundo tempo, ambos em possíveis pênaltis. Os áudios deixam claro as razões das decisões tomadas e interpretadas pela equipe do VAR, que foram ao encontro das decisões de campo.
Quanto ao primeiro lance, em análise preliminar, observado por distintas câmeras, assim como fez a equipe VAR, não há clareza sobre a existência de toque no braço esquerdo do jogador Nº 3 após chute em direção ao gol, sendo que na sequência a bola vai de encontro ao peito do jogador nº 8, ambos atletas do Criciúma.
Em relação ao segundo lance, apresentamos:
Regra 12: Tocar na bola com a mão ou o braço:
“Nem todos os contatos da mão ou do braço de um jogador com a bola constituem uma infração.”
Considerações:
De acordo com as regras do jogo, o jogador defensor não assume nenhum risco com os movimentos de suas mãos ou braços, pois ele encontra-se em movimento natural para a disputa, não ampliando seu corpo de forma antinatural sendo a posição de sua mão e braço uma consequência do movimento do corpo. Nessa ação específica é totalmente justificável por esse movimento. Não é imperativo que o braço permaneça junto ao corpo para se encontrar em posição natural.
Todos os procedimentos adotados foram ao encontro do que determina o protocolo do VAR.
A FCF no desígnio de oferecer ainda mais lisura aos lances em questão, já enviou à Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol um pedido de análise e parecer dos dois vídeos da partida e dará publicidade na sua totalidade assim que tiver de posse da manifestação daquele órgão.
A Comissão de Arbitragem da FCF permanece confiante nos integrantes da sua equipe, cujos árbitros têm oferecido nos últimos anos atuações destacadas no cenário brasileiro e mundial, sendo requisitados invariavelmente para atuações decisivas fora deste Estado.