Torcida carvoeira faz mosaico que encanta

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Cerca de 70 pessoas ajudaram diretamente ou indiretamente na organização

Criciúma

A torcida carvoeira encantou o público com um belo mosaico na partida contra o Novorizontino-SP, no último sábado, dia 22. Mesmo quem não esteve presente no Estádio Heriberto Hülse pôde ver o show nas redes sociais, tamanha a repercussão da iniciativa da Barra Os Tigres.

O mosaico foi erguido durante a entrada dos jogadores do Criciúma. A figura de um pai carregando seu filho nas costas, ambos uniformizados, roubou a cena antes da bola rolar.

Na arte, além da referência ao ano de fundação do clube, 1947, uma frase: de pai pra filho e sempre será. Os dizeres fazem parte de uma das canções da torcida, que serviu de “trilha sonora” para a festa. “A referência à música e o mosaico tiveram o objetivo maior de incentivar a passar de geração em geração o amor pelo Criciúma, de criarmos a cultura de frequentar o estádio e torcer para o time da nossa cidade, da nossa região”, conta o vice-presidente da Barra Os Tigres, Fabiano Costa Coelho.

Os torcedores, que ergueram plásticos pretos, brancos e amarelos, completaram o fundo do mosaico com as cores do Tigre. “A gente sabe que a torcida pega junto naquilo que envolve o time. O pessoal gosta quando estamos bem engajados, todos querem ajudar e participar, então sabíamos que a torcida não ia decepcionar. Foi muito bacana ver a muralha tricolor”, destaca Coelho.

Da ideia à realidade

“O mosaico era um sonho antigo de um louco sonhador, o Gustavo Ruigi. Com a torcida, já conversávamos há muito tempo sobre isso, mas não tínhamos expectativas por causa do alto investimento necessário”, explica o vice-presidente da organizada. O projeto começou a andar há cerca de três meses, quando a torcida conseguiu encontrar empresas parceiras que ajudaram a fazer a ideia sair do papel.

Mas para tornar o sonho uma realidade, foi preciso investir aproximadamente R$ 50 mil reais, contar com a ajuda direta e indireta de cerca de 70 pessoas e ter muita persistência. “Tivemos problemas no caminho. Mudamos a forma de trabalhar e até mesmo o material”, afirma Coelho.

Na semana anterior ao jogo, conforme o vice-presidente, os colaboradores de uma das empresas parceiras trabalharam sexta, sábado, domingo e segunda-feira pela manhã para preparar a estrutura.

“Treinamos à noite durante a semana, pois é o momento que temos disponibilidade após o trabalho. Subimos o mosaico pela primeira vez na segunda, depois na terça, sexta e sábado de manhã” conta Coelho.

Na internet, a festa carvoeira fez sucesso, repercutindo em páginas oficiais de torcidas e veículos de comunicação de abrangência nacional. Para o vice-presidente, a possibilidade de novos mosaicos não está descartada. “Agora que temos a estrutura fica um pouco mais fácil. Hoje precisaríamos apenas do tecido mesmo, que custa em torno de, dependendo da arte, R$ 5 mil a R$ 10 mil reais, então quem sabe mais para frente poderemos ter novidades”, diz.

Apesar do show da torcida, o Criciúma foi derrotado por 1 a 0 e terminou o primeiro turno da Série B fora do G4. O Tigre enfrenta o Tombense no próximo domingo, dia 30, em Minas Gerais.

Colaboração Samuel Borges, Portal Engeplus, com fotos do arquivo pessoal de Joma Ribeiro.