Visita ao Horto Florestal da Unesc esteve entre as oportunidades oferecidas aos pacientes

Criciúma

O Acidente Vascular Encefálico (AVE), conhecido popularmente como derrame, é uma condição clínica que demanda uma jornada desafiadora para os pacientes que enfrentam essa adversidade. Entretanto, boas notícias trazem esperança: cuidados relativamente simples podem ajudar a reduzir o risco de AVE. Além disso, para aqueles que já foram acometidos pela doença, existe um tratamento acessível e gratuito oferecido pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da Unesc.

Segundo o coordenador do CER, Aires Mondardo Junior, o intuito das atividades propostas não é apenas auxiliar na recuperação, mas também promover a saúde mental e emocional dos pacientes.

“As atividades em grupo fazem parte do plano de tratamento proposto para determinada população inserida no serviço. Os encontros ocorrem semanalmente, com atividades e temáticas diferentes, contando com uma abordagem terapêutica voltada para reabilitação dos pacientes, tendo como destaque, momentos de educação em saúde, atividades físicas adaptadas, estimulação cognitiva, socialização e atividades externas”, explica Junior.

Ao chegar no CER, o paciente realiza uma avaliação com dois ou mais profissionais da equipe multiprofissional do CER e sua inserção acontece de acordo com os critérios de inclusão. A equipe é composta por enfermeira, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, psicóloga, assistente social, nutricionista, médico neurologista, fonoaudióloga e médico ortopedista.

“Depois de avaliarmos o paciente como um todo, vemos qual a necessidade dele e como ele está: se ficou sem fala, perdeu movimentos em alguma parte do corpo ou ficou com alguma mobilidade. A partir disso estabelecemos como será o tratamento para a reabilitação”, conta o coordenador.

Na última semana, os pacientes do grupo terapêutico tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência no Horto Florestal da Unesc. A visita foi planejada para permitir que todos os participantes pudessem desfrutar da natureza de forma segura e acessível, respeitando suas necessidades individuais.

Guiados por especialistas do Horto, os pacientes exploraram trilhas adaptadas, por meio das quais puderam apreciar a biodiversidade local. A atividade de jardinagem terapêutica também foi incluída no programa, proporcionando momentos de conexão com a terra e a oportunidade de exercitar a motricidade fina.

“As atividades servem como um espaço acolhedor por meio das quais os participantes podem se sentir compreendidos e incentivados, além de ser uma oportunidade de descobrir novas habilidades e interesses”, disse a fisioterapeuta Bruna Behling, que acompanha os cerca de 10 pacientes.

O objetivo do trabalho multiprofissional desenvolvido é fazer com que o paciente alcance o maior grau de autonomia dentro de suas possibilidades.

Atividades que ajudam a reduzir o risco de AVE:

  • Controle a hipertensão arterial: metade de todos os AVEs está ligado à pressão alta;
  • Exercite-se de maneira moderada de três a  cinco vezes por semana: mais de um terço de todos os AVEs acontecem com pessoas que não se exercitam;
  • Tenha uma dieta equilibrada e saudável: quase um quarto de todos os AVEs está relacionado a má alimentação;
  • Reduza seu colesterol: um em quatro AVEs estão associados a altos níveis de colesterol LDL, o chamado colesterol ruim;
  • Mantenha um peso saudável: quase um em cada cinco AVEs estão relacionados ao excesso de peso ou obesidade;
  • Pare de fumar e evite ambientes onde fumam: quase um em cada dez AVEs estão relacionados ao fumo;
  • Reduza sua ingestão de álcool: mais de 1 milhão de AVEs cada ano estão relacionados ao consumo excessivo de álcool;
  • Identifique e trate a fibrilação atrial: pessoas com fibrilação atrial têm cinco vezes mais chances de sofrer um AVE;
  • Trate o diabetes: se você é diabético, corre o risco maior de AVE;
  • Trate o estresse e a depressão: quase um em cada seis AVEs estão relacionados ao bem-estar mental.