Siserp considera conteúdo desinformação e servidores do pátio de máquinas continuam em greve

Criciúma

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, abordou a questão do reajuste salarial dos servidores municipais em um vídeo divulgado na tarde de ontem (29) nas redes sociais. A declaração surge após a aprovação do Projeto do Executivo 63/2023 no último sábado (27) pela Câmara Municipal. No entanto, os trabalhadores do pátio de máquinas, em uma assembleia realizada na manhã de ontem, optaram por continuar em greve.

Os servidores municipais estão buscando um aumento salarial. O município, por outro lado, ofereceu e aprovou um reajuste de 4,36%, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), contra os 14,61% solicitados pelo sindicato, que seriam um reajuste de 4,36% mais 10,25% referentes a anos anteriores.

No vídeo, Salvaro não mencionou a questão do reajuste salarial para os servidores do pátio de máquinas, mas abordou o reajuste dos professores. O prefeito citou a aprovação de um projeto que prevê um reajuste de 12,71% a 29% para os professores. Salvaro enfatizou que nenhum professor em Criciúma receberá menos de R$ 5.900, e o salário máximo será de R$ 7.862. Ele também explicou a razão da suspensão do percentual de regência de classe, que é equivalente à carga horária e incidirá sobre a aposentadoria dos profissionais do magistério.

Sindicato critica

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp), Jucélia Vargas, criticou o prefeito Salvaro, afirmando que ele tenta confundir a população sobre salário e vale-alimentação. Ela ressaltou que muitos servidores do pátio de máquinas receberam R$ 1.265 de janeiro a abril de 2023 e ainda sofreram descontos de 14% em seus salários.

Jucélia Vargas também destacou que Salvaro recusou o diálogo e afirmou que a greve continuará, com 100% dos trabalhadores do pátio de máquinas em paralisação. O vice-presidente do Siserp, Reginaldo Bernardo, comentou que a classe trabalhadora está causando desconforto ao governo e criticou a postura dos vereadores, afirmando que eles não estão pensando nos trabalhadores.

Membros do Siserp compareceram na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de ontem. “Já que sábado nos impediram de ir na Câmara, hoje vamos olhar cara a cara com os vereadores que aprovaram o projeto: Não deixaremos a população esquecer dos 10 vereadores”, destacou Vargas.