Prisão é preventiva, mas macha a reputação de Joares Ponticelli, que vinha se aproximando do governo estadual
Da Redação
O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), é o sétimo prefeito preso nas investigações da Operação Mensageiro, deflagrada há um ano para apurar suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
Ponticelli foi preso preventivamente em seu apartamento, durante a terceira fase da operação, deflagrada na manhã de ontem (14). A operação foi coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Geac (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público e cumpriu dois mandados de prisões preventivas e oito de busca e apreensão.
O Gaeco também esteve nesta manhã na casa do vice-prefeito, Caio Tokarski (União Brasil), que igualmente foi levado preso preventivamente. Todos os prefeitos presos desde a primeira fase, há um ano, continuam na cadeia em várias localidades do Estado.
Na ausência do prefeito e vice, o presidente da Câmara, Gelson Bento (PP), deve assumir interinamente.
Nota da prefeitura
Sobre o caso, a Prefeitura de Tubarão emitiu uma nota oficial e afirmou que tanto prefeito, quanto vice-prefeito, acompanharam na prefeitura a ação dos agentes e prestaram todos os esclarecimentos necessários. Também diz que ambos foram conduzidos pelos agentes a Florianópolis, onde serão ouvidos pelo Poder Judiciário em audiência de custódia, ainda esta tarde.
Íntegra da nota:
A Prefeitura de Tubarão, por meio do Gabinete do Prefeito/Departamento de Comunicação, informa que desde o início da manhã desta terça-feira (14), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cumpriram mandados de busca e apreensão, nos gabinetes do prefeito e vice-prefeito de Tubarão, no Paço Municipal.
O prefeito Joares Ponticelli e o vice-prefeito Caio Tokarski acompanharam na prefeitura a ação dos agentes e prestaram todos os esclarecimentos solicitados. Após foram conduzidos pelos agentes a Florianópolis, onde serão ouvidos pelo Poder Judiciário em audiência de custódia, no início da tarde.
Conforme informou em nota o Ministério Público de Santa Catarina as ordens judiciais expedidas pelo TJSC e cumpridas nesta manhã fazem parte da 3º fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
A operação ocorre em segredo de justiça, por determinação legal, e tanto o prefeito como o vice-prefeito não foram informados oficialmente o motivo pelo qual foram conduzidos. Ambos já constituíram advogado que os acompanharão nas audiências em Florianópolis.
O expediente na prefeitura de Tubarão segue normal esta tarde. Os gestores da prefeitura reiteram o compromisso de atender a toda e determinações e prestar todo apoio às investigações promovidas pelo Ministério Público de Santa Catarina.