Câncer de mama é o tipo de tumor mais frequente em mulheres no mundo e no Brasil
Criciúma
Vanderlane Dal Pont, a Nane, de Forquilhinha, descobriu o câncer de mama em 2013. “Foi um susto. Fiz a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Eu tinha uma filha de apenas três aninhos. Enquanto uma filha cuidava da pequena, a outra me acompanhava. Continuei fazendo acompanhamento, até que em outubro de 2021, procurei a Cliniimagem para fazer exames de rotina. Na mamografia, recebi o diagnóstico de câncer de mama pela segunda vez. Tudo desabou! Engoli o choro, cheguei em casa e meu marido disse que passaríamos por mais essa juntos. “Cuidem da prevenção. Façam mamografia, pois quem procura acha, e quem acha, se cura. Eu amo a minha vida”, afirma a Nane.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais frequente em mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não-melanoma, e corresponde a 28% dos novos casos. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos, sendo a primeira causa de mortalidade por câncer em mulheres. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 2,1 milhões de novos diagnósticos e 627 mil mortes em decorrência da doença no mundo. No Brasil, foram previstos 59,7 mil novos casos. O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) 95% têm chance de cura.
Importância da mamografia
“A mamografia é o principal exame de rastreamento para o diagnóstico precoce e deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos ou antes, quando existem casos na família. O exame aumenta as possibilidades de cura e beneficia as mulheres com tratamentos menos agressivos. A taxa de mortalidade por essa neoplasia mostra-se em declínio nas populações submetidas a programas regulares de rastreamento”, explica a médica radiologista da Cliniimagem, Rafaela De Luca Schuhmacher.
A médica radiologista Rafaella Gugliemi Spillere reforça a importância da campanha Outubro Rosa. “É extremamente positiva, fazendo com que as ações preventivas aumentem”, mas lembra que isso deve ocorrer o ano inteiro. “O autoexame, aquele em que a própria mulher examina as mamas à procura de algum tipo de alteração, apesar de ser bastante incentivado, é importante para o conhecimento do corpo e no reconhecimento de alterações suspeitas, mas não detecta tumores menores. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de sucesso do tratamento. A medicina diagnóstica é uma grande aliada nesta jornada”.
De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis. “Muita gente acha que o principal fator de risco para câncer de mama é genético, mas não. A maioria acontece ao acaso. Os principais fatores de risco são: primeira menstruação muito cedo, última mais tarde, o primeiro filho depois dos 30 anos, ou seja, muito tempo a mulher exposta ao estrogênio. Além disso, o grande vilão é o sobrepeso e obesidade. Por isso, sempre batemos na tecla de manter o peso, alimentação saudável e atividade física, pois essa é a parte que podemos mudar na história do câncer de mama”, alerta a mastologista Beatriz Althoff.
Sinais e sintomas suspeitos:
- Caroço (nódulo), geralmente indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- Saída de líquido anormal das mamas.
- Mudança no formato do mamilo.