Criciúma celebra destaque na saúde em ranking nacional

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Município subiu 16 posições em comparação com a avaliação anterior

Criciúma

Criciúma comemorou ontem (22) a liderança nacional em qualidade na saúde. O reconhecimento foi feito pelo Ranking de Competitividade e Sustentabilidade dos Municípios, divulgado na última semana pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Para celebrar o resultado, as equipes de Saúde e entidades da cidade receberam homenagens por sua parceria junto à administração municipal. O evento ocorreu no Paço Municipal Marcos Rovaris.

Na avaliação, Criciúma subiu 16 posições em comparação com a avaliação anterior – divulgada ano passado –, consolidando-se número um do Brasil no indicador “Qualidade em Saúde”, com nota 90,76 de 100. O indicador é subdividido em cinco itens: obesidade na infância; desnutrição na infância; mortalidade na infância; mortalidade por causas evitáveis e mortalidade materna. A cidade se destacou principalmente nos últimos três, com colocações nacionais de, respectivamente, 15°, sétimo e primeiro lugar.

“Esses índices são reflexo de um trabalho realizado por uma equipe multissetorial e por diversas instituições que, juntas, contribuíram para melhorias na qualidade de vida da população criciumense nos últimos anos”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Arleu da Silveira. “Celebrar essa conquista é valorizar todos os responsáveis por ela. É incentivar e motivar os profissionais para oferecermos atendimentos cada vez mais eficientes para as famílias”, complementou o prefeito Clésio Salvaro.

O indicador “mortalidade materna” é definido como a razão entre a quantidade de óbitos maternos e o número de nascidos vivos (por grupo de 100 mil). São consideradas mortes maternas os óbitos de mulheres nos períodos de gestação ou puerpério (até 42 dias após o parto). Com base nestes dados, o ranking define uma nota para cada município. Quanto maior a nota, menor a mortalidade materna. Criciúma foi o primeiro colocado, com nota 100.

Neste indicador, foram considerados dados de 2020, disponíveis no banco de dados do SUS. Conforme o sistema, neste período Criciúma não registrou nenhuma morte materna, assim como nos anos de 2019 e 2018.

Já no item “mortalidade por causas evitáveis”, a nota é calculada com base na razão entre a quantidade de óbitos, por causas evitáveis, de pessoas com idade entre 5 e 49 anos e a população estimada na mesma faixa etária (por grupo de 100 mil). Como no indicador anterior, quanto maior a nota, menor é a mortalidade por causas evitáveis. No país, o município é o sétimo colocado, com nota 96.01.

A nota do indicador “mortalidade na infância” leva em consideração a quantidade de óbitos de menores de cinco anos dividida pelo número de nascidos vivos (por grupo de 1.000). Da mesma forma dos itens anteriores, quanto maior a nota, menor a mortalidade. Criciúma é o 15º colocado do Brasil neste item, com nota 82.17.

O Setor de Mortalidade da Vigilância Epidemiológica do município realiza o monitoramento em tempo real destes números. “O acompanhamento desses indicadores é essencial pois mostra a qualidade de serviços prestados na saúde, assim como em outras áreas”, esclareceu a enfermeira e coordenadora do setor, Diandra Limas.

Dentre as instituições com importante papel nessa conquista está o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC). Em 2021, foram realizados 2.753 partos no HMISC, maior marca desde sua inauguração em 2018. De lá para cá, foram 10.359 nascimentos. Os dados são do próprio hospital.

O ranking analisa 415 municípios brasileiros (7,45% do universo de municípios), representando cidades com mais de 80 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE para 2021. A terceira edição do ranking é composta por 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e três dimensões: instituições, sociedade e economia. Na posição geral, que considera todos os indicadores, Criciúma é o 5º colocado em Santa Catarina, 8º na região sul e 23° em todo o país. O ranking pode ser acessado em www.rankingdecompetitividade.org.br.