Candidatos à presidência têm momentos positivos em Londres e Florianópolis

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Bolsonaro foi ovacionado pela população brasileira na capital da Inglaterra e Lula fez sucesso na cidade com mais funcionários públicos de SC

Da Redação

Os candidatos à presidência que encabeçam as pesquisas de intenção de votos tiveram momentos positivos em Londres e Florianópolis no fim de semana. Bolsonaro foi ovacionado pela população brasileira em Londres, durante o enterro da Rainha Elizabeth, e Lula fez sucesso em Florianópolis a cidade com mais funcionários públicos de SC por conta das instalações do estado catarinense e da universidade federal, a UFSC. 

O sucesso de Lula

Em um território onde Jair Bolsonaro lidera a intenção de votos, a passagem de Lula por Santa Catarina neste domingo serviu para animar a militância petista. Acompanhado de Dilma, do vice na chapa Geraldo Alckmin e dos integrantes da chapa de Décio Lima no Estado, Lula não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro e atacou principalmente a fome que, segundo ele, aflige 33 milhões de brasileiros. “Eu sei que muita gente aqui nesse estado fala: Santa Catarina não tem fome. Eu sei, eu sei. Mas eu sei que esse estado aqui tem pelo menos 500 mil pessoas passando fome. Os dados do IBGE demonstram isso e as pessoas tentam esconder. Não é possível! Se a gente sabe que tem 500 mil, vamos dar comida para essas 500 mil, vamos dar emprego”, garantiu.

Enrolado na bandeira do Brasil, Lula rebateu o que chamou de falsos patriotas. “Essas pessoas precisam aprender algumas coisas e nosso papel é ensinar. Eu pedi as duas bandeiras [do Brasil e do PT] porque, normalmente, um fascista que não tem partido político, que nunca organizou um partido político, que não gosta do povo e que não respeita ninguém, ele diz o seguinte: meu partido é o Brasil. Essa bandeira do Brasil não é de um partido, é a de 215 milhões de brasileiros que amam esse país. Eles utilizam essa bandeira porque eles não têm o orgulho de dizer: esse é o meu partido. E o Partido dos Trabalhadores me dá muito orgulho de ter criado”, afirmou Lula.

Em seu discurso, o ex-presidente questionou onde estão as obras de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, defendeu o legado no estado dos governos dele e de Dilma Rousseff, que também esteve presente, e disse que seu objetivo é voltar a comandar o Palácio do Planalto para reconstruir o Brasil, sobretudo criando oportunidades para os jovens.

“Nós temos que assumir a responsabilidade, mais uma vez, de devolver ao país a alegria, a esperança, a felicidade, o direito de sorrir, de comer três vezes ao dia, de sonhar com universidade. Nós não queremos tirar nada de ninguém. O que nós queremos é ter uma casa, criar nossos filhos em paz e harmonia, que eles possam estudar, tirar um diploma de doutor, porque não é privilégio dos ricos, é direito de todos”, declarou.

O sucesso de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro participou em Londres, na Inglaterra, do funeral da Rainha Elizabeth II. “Na Abadia de Westminster, prestamos uma última homenagem à Rainha Elizabeth II e apresentamos, em nome do fraterno povo brasileiro, nossas orações para que Deus console o Rei Charles III, sua família e seu povo, firmes na esperança de que estaremos todos juntos na vida eterna”, escreveu, em publicação nas redes sociais. Diversos membros da realeza e líderes mundiais acompanharam a cerimônia. Após o funeral de Estado, em Londres, o corpo da monarca foi levado ao Castelo de Windsor, que fica nos arredores da capital britânica, onde foi sepultado.

Acompanhando pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente brasileiro também compareceu, nesta segunda-feira, à recepção oferecida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, James Cleverly. Uma pequena multidão de brasileiros em Londres cercaram o presidente e lhe renderam homenagem chamando de “mito”, chamando atenção inclusive da mídia internacional.

No fim da tarde, Bolsonaro deixou a capital inglesa com destino a Nova York, nos Estados Unidos. Hoje (20), ele faz o discurso de abertura dos debates de alto nível da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Interino

Enquanto Bolsonaro está fora do país, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está no comando da Presidência da República. Ele deve permanecer no exercício do cargo até amanhã (21), dia em que o mandatário deve retornar ao Brasil.

Neste mesmo período, também estão fora do país o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (segundo na linha sucessória presidencial) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (terceiro na sucessão). Os dois disputam cargos eletivos nas Eleições 2022 e, por isso, não podem assumir a Presidência.