Alunos do Instituto Diomício Freitas se destacam positivamente no mercado de trabalho

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Após passar pela unidade de ensino, as pessoas colocam na prática os ensinamentos dados em sala de aula no ambiente profissional

Criciúma

Jovens e adultos com deficiência intelectual que passaram pelo Instituto Diomício Freitas de Criciúma (SC) têm se destacado de forma positiva no mercado de trabalho. Tal mérito é resultado do esforço e dedicação aplicados pelos alunos, junto com os ensinamentos da instituição, o que gera bons resultados nas empresas em que atuam.

A Plasson, empresa de implementos agrícolas de Criciúma, já tem uma parceria com o Instituto há mais de 10 anos. E, sempre que deseja incluir colaboradores com deficiência intelectual, conta com a ajuda da unidade de ensino. “A Plasson, dentre seus projetos desenvolvidos, engaja o trabalho com Pessoas com Deficiência (PCDs) com um cuidado especial na inclusão e acolhimento. Para que possamos proporcionar a esses colaboradores um ambiente de qualidade para o seu desenvolvimento. A empresa formou uma parceria com o Instituto, com o intuito de formar e preparar para esse desafio. Parceria essa que vem nos trazendo ótimos resultados. Colaboradores interessados e orientados para iniciar um desenvolvimento junto à empresa”, explica a gerente administrativo financeiro e gestão de pessoas da Plasson, Silvana de Mattia.

Atualmente são cerca de 30 pessoas com deficiência intelectual trabalhando no local. “Vimos que o Instituto faz um trabalho muito legal com eles, com o cuidado e preparo para o mercado de trabalho. Eles se destacam aqui dentro, são funcionários dedicados, que dão o melhor no que fazem”, explica a psicóloga da Plasson, Juliana Della Justina.

Recentemente, Maria Eduarda Fabris, conquistou um espaço no mercado de trabalho. Por intermédio do Instituto de Educação Especial Diomício Freitas, a jovem de 18 anos conseguiu seu primeiro emprego na empresa, há cerca de dois meses.

Maria Eduarda, carinhosamente conhecida como Duda, estudou na instituição por quatro anos e lembra o quanto esse período foi importante para seu desenvolvimento pessoal e profissional, refletindo no atual emprego. “Só tenho a agradecer àquela escola. Eles foram muito importantes para mim. Ajudaram principalmente a melhorar meu comportamento. Isso refletiu muito no meu dia a dia aqui na empresa”, relata.

Ex-aluno do Instituto, Mikael Del Ponti, de 19 anos, trabalha há um ano e seis meses na área de produção da empresa. Após estudar na instituição por aproximadamente cinco anos, conseguiu seu lugar neste meio com o apoio dos profissionais da entidade, garantindo um emprego na Plasson. “Os ensinamentos que tive lá na escola me ajudaram a estar aqui hoje”, lembra o jovem.

Mesmo estando feliz no trabalho, Mikael já projeta o futuro, almejando ser bombeiro. Mas para isso ele sabe que tem que se dedicar bastante nos estudos. “Primeiro vou terminar o ensino médio, depois fazer uma faculdade de Biologia, fazer concurso e ser um bombeiro”, sonha o jovem.

Ajuda da empresa

Segundo a supervisora do setor de Recursos Humanos da Plasson, Joyce Zuchinalli, a empresa sabe a importância que os profissionais com deficiência intelectual têm para a empresa. Ademais, tem conhecimento que a profissão e o papel que desempenham são importantes para os colaboradores. Sendo assim, preza pelo bem-estar de todos.

“Já tivemos dois casos de colaboradores com deficiência intelectual que não se adaptaram ao trabalho que realizavam. Conversamos, tentamos de tudo e, no fim, mudamos ele de setor e hoje se encontrou e está feliz com o que faz”, conta.

Uma máquina que faz furos em um cano, para produzir um bebedouro de animais, foi projetada especialmente para um colaborador portador de deficiência intelectual. Anteriormente, o trabalho era realizado manualmente e, para dar mais qualidade para o colaborador, a empresa decidiu investir.

“Este funcionário está há 15 anos trabalhando com a gente. Sempre muito esforçado e dedicado com o que faz. Então, decidimos adaptar essa máquina especialmente para ele trabalhar melhor”, explica Juliana.