Procura pela vacina contra Covid-19 é alta, aponta Vigilância Epidemiológica de Içara

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Principais dúvidas dos pacientes são em relação a reações após a aplicação, mas poucos não querem receber as doses

Içara

Enquanto as doses da vacina contra Covid-19 não chegam em quantidade suficiente para imunizar toda a população acima de 18 anos, as pessoas que integram os chamados grupos prioritários continuam a receber o imunizante. Em Içara, a procura é considerada dentro do esperado pela Vigilância Epidemiológica, que registra boa adesão entre quem tem direito à aplicação.

Depois dos profissionais de saúde e dos idosos, a vacinação é realizada em policiais, bombeiros e outros servidores da segurança pública, além de trabalhadores da educação e pessoas com comorbidades. “A procura está dentro do esperado para os grupos prioritários. A maior demanda foram os idosos, porque já encerramos a aplicação. Temos uma boa adesão dos servidores das forças de segurança, além dos professores, que estão começando agora. Enquanto isso, as pessoas entre 18 e 59 anos, com comorbidades, são avaliadas nas unidades de saúde para obter os atestados em relação à condição de cada um”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Içara, Graziela Macarini Zuchinali, frisando que as vacinas são agendadas, a fim de evitar aglomerações nos locais de vacinação e ainda para prevenir perdas, já que cada frasco contém dez doses.

Já em relação à imunização dos professores, a procura está dentro do esperado. “Eles estavam bem ansiosos para receberam a dose, por isso estão procurando as unidades para saber quando será o dia da aplicação”, afirma.

Enquanto algumas cidades realizam campanhas para que as pessoas que receberam a primeira dose não deixem de comparecer à segunda fase da imunização, Içara tem uma situação mais tranquila. “Os grupos que estão nas datas da segunda dose têm procurado, com exceção de alguns pacientes que tiveram Covid-19 e precisam esperar 30 dias, ou as pessoas que fizeram a vacina da influenza e também devem aguardar. São poucos que não estão fazendo a segunda”, analisa. “Os pacientes, em sua maioria, estão ansiosos para a aplicação e que assim possam se sentirem imunizados, comenta.

Dúvidas sobre fabricantes

Pessoas com dúvidas sobre as vacinas são esclarecidas pelos profissionais. “Ainda existem alguns mitos sobre determinados laboratórios, algumas pessoas querem fazer a vacina de outro fabricante, mas em relação a não querer a vacina, são poucos casos”, avalia Graziela, destacando que as principais dúvidas são sobre as reações de um ou outro laboratório. “Explicamos que isso depende de cada organismo e não do fabricante”, conta.

Segundo ela, as reações adversas mais comuns são dor no local da aplicação, dor de cabeça e mal estar. “Alguns pacientes, como qualquer vacina, procuraram as unidades de saúde, com reações leves, sem comprometer o estado de saúde. Estas pessoas foram atendidas e medicadas, mas não tivemos casos que necessitaram de hospitalização”, explica.

Contraindicações

Nos grupos prioritários, a única contraindicação são as gestantes e puérperas com comorbidades, cuja vacina da AstraZeneca não pode ser aplicada. “Assim, elas podem receber as doses da CoronaVac, conforme nota técnica do Ministério da Saúde”, conclui a coordenadora, informando que nenhum outro grupo possui indicação de não receber o imunizante.

Em Içara, até quinta-feira (27), aproximadamente 15 mil vacinas contra a Covid-19, entre a primeira e segunda doses, haviam sido aplicadas, conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica.