Santa Catarina se mantém como o maior produtor de cebola do país

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A safra 2021/22 foi 27,19% superior ao ciclo 2020/21 na produção total e registrou 26,94% em ganho de produtividade

Da Redação

Com a produção de 495.995 toneladas de cebola na safra 2021/22, Santa Catarina se mantém como o maior produtor da hortaliça no país, respondendo por cerca de 30% do total nacional. A safra se encerrou com produtividade média de 28.396 kg/ha, numa área plantada de 17.467ha. Com esses números, a cebola é responsável pela injeção de R$ 914,58 milhões na economia catarinense, ou seja, esse é valor que os agricultores faturaram com a venda nesta safra, fazendo a economia girar, principalmente nas regiões produtoras.

A safra 2021/22 foi 27,19% superior ao ciclo 2020/21 na produção total e registrou 26,94% em ganho de produtividade. O aumento se deve não a uma elevação, mas à retomada da normalidade na produção de cebola, superando as perdas verificadas na safra anterior, decorrentes das condições climáticas.

Os bulbos da recente safra também apresentaram uma boa qualidade e tamanho aceitável pelo mercado. Aliada à qualidade sanitária dos bulbos, a capacidade de armazenagem instalada nas propriedades dos produtores catarinenses está permitindo que a hortaliça possa ser comercializada por período mais longo. Até o final de maio, toda a cebola catarinense deve ser distribuída para o mercado nacional. De fevereiro a abril, Santa Catarina é o único estado fornecedor de cebola do Brasil.

Os produtores catarinenses de cebola estão recebendo, em média, R$ 2,05 pelo Kg do produto, calcula a Epagri/Cepa. A estimativa do custo médio de produção ficou em R$ 1,57. Há quem produza com custo abaixo ou acima da média estimada, e que os lucros vão depender da margem de cada um.

A queda nas importações é outra boa notícia para os produtores de cebola do Estado. Até o final de fevereiro a cebola estava baixa em relação aos anos anteriores, o que fortalece o mercado interno. Em 2021, o país importou 116,96 mil toneladas de cebola, volume 40,85% menor que no ano de 2020. Nos dois primeiros meses de 2022, as importações foram 75,26% menores que no mesmo período do ano anterior. Entre os fatores causadores do cenário estão o câmbio desfavorável para compra de produtos do exterior, e o encarecimento do transporte internacional ocasionado pela falta de contêineres no mercado.