Operação moralidade. Sentença proferida

O ex-prefeito de Içara Gentil da Luz foi condenado em primeira instância a uma pena de 10 anos e dois meses de prisão. A decisão do juiz Fernando Dal Bó Martinhago é resultado da Operação Moralidade, desencadeada pelo Gaeco em 2012. Além de Gentil, a sentença também recai sobre a ex-secretária de Finanças de Içara, Micélia da Silva Luiz. Ela foi condenada há mais de sete anos de detenção. Em sua decisão, o magistrado cita os crimes de peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em licitação e contratos. Gentil e Micélia são os alvos das sentenças mais duras, mas há punições para empresários e outros agentes políticos da cidade. Como as penas são menores, a restrição de liberdade pode ser substituída por serviços comunitários.

Recurso

Advogados dos acusados já estão trabalhando nos recursos que devem ser apresentados nos próximos dias. Convicção é que na análise em segunda instância a sentença vai ser reformada e os citados inocentados das acusações. Desde o início do processo os envolvidos alegam inocência e desmentem qualquer irregularidade durante a gestão do município de Içara.

Inocentados

Adelar Blissari, Cacilda Smielvski, Emerson de Jesus, Gisele Pereira Ferreira, Max D’Agostin de Mello e Paulo Preis Neto, tiveram um fim de semana de tranquilidade. Eles foram absolvidos de todas as acusações citadas no processo.

A operação

A ação do Gaeco, batizada de Operação Moralidade, foi desencadeada em 25 de junho de 2012 para apurar possíveis irregularidades na gestão pública de Içara. Na ocasião sete pessoas foram presas temporariamente. Centenas de arquivos de mídia eletrônica e documentos foram apreendidos para análise. Ao todo 25 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por envolvimento no suposto esquema para desvio de dinheiro público.

Govenador fora

O governador Carlos Moisés está fora do PSL. O anúncio foi feito por apoiadores do chefe do executivo em um evento em Florianópolis. A decisão de Moisés não chega a surpreender e sua saída já era esperada inclusive pelos integrantes do seu partido. Segundo ele a medida vai permitir foco total na administração. “O momento exige dedicação exclusiva para que possamos superar de vez a pandemia, acelerando ainda mais a vacinação, e garantir a continuidade do crescimento econômico em Santa Catarina. O nosso governo tem feito uma série de ações para reduzir o tamanho da máquina pública e desburocratizá-la. Vamos nos esforçar ainda mais para isso”.

Sem efeito

A saída de Moisés do PSL já era espera e, pelo menos na região, não estremeceu em nada o partido. Nos bastidores a avaliação é que o anúncio deve inclusive ajudar o 17 a atrair novos nomes. Certo é que o PSL terá sim candidato ao Governo do Estado no ano que vem.

Devagar

Professor Enio Coan disse nesta segunda em entrevista à Massa FM que a economia do Brasil, apesar de alguns números positivos, ainda vive em compasso de espera. “A vacinação não evoluiu como esperávamos e a pandemia se arrasta. Temos alguns números positivos, mas só vamos saber como será a reação de fato quando a economia for reaberta de vez e isso só vai acontecer com 70% de imunização. Por ora é mais um ano que vai se arrastando, se perdendo”, lamentou.

Perda

Titular da 2ª Vara da Fazenda Pública de Criciúma o Juiz Pedro Aujor Furtado morreu nesta manhã vítima de complicações provocadas pelo Coronavírus. Diagnosticado com a doença, o magistrado estava internado, havia semanas, no Hospital da Unimed. Natural de Curitiba (PR), o juiz Pedro Aujor iniciou o exercício da judicatura em Santa Catarina em janeiro de 1998. Passou pelas comarcas de Videira, Blumenau, Araranguá, Sombrio, Jaraguá do Sul e, por fim, Criciúma, onde estava lotado na 2ª Vara da Fazenda Pública.