O Jornal Gazeta ouviu o ex-candidato a prefeito de Içara, que destaca seus projetos políticos

Içara

Com 9.758 votos na eleição ao Executivo Municipal de 2020, o que correspondeu a 32,59% dos votos válidos, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Içara, Alex Ferreira Michels (PSD), ficou em segundo lugar no último pleito. Passado o período pós-campanha e avaliação dos resultados, o empresário destaca, em entrevista ao Jornal Gazeta, seus projetos políticos e garante que não será candidato em 2022.

Jornal Gazeta: Passado o período pós eleição, qual sua avaliação da sua campanha à Prefeitura e do resultado do pleito?

Alex Michels: “Fico muito feliz em perceber que as pessoas que moram em Içara já pensam em fazer política de uma forma diferente, independente de siglas partidárias, onde o que importa são as pessoas e como podemos crescer juntos em forma de uma sociedade melhor. O resultado da eleição deixou claro que uma pessoa e político de primeiro mandato pode, sim, ser candidato a prefeito e mostrar que suas ideias podem ser levadas à frente em um modelo de cidade que todos querem: uma cidade justa e para todos”.

Gazeta: Continua sendo um sonho ou projeto seu ser prefeito de Içara? Por que?

Michels: “Sonho é uma palavra muito forte. Acredito que mais que sonho é um dever. Dever como cidadão nascido em Içara, que quer ver sua cidade crescer, cidadão que percebe que precisamos nos doar para uma causa, assim como sempre me doei, e volto ao serviço voluntário. Espero, em breve, apresentar no pleito todas as ideias que temos, porque nossa cidade merece o melhor e eu quero fazer da cidade que nasci e quero viver a melhor cidade para se morar do Brasil”.

Gazeta: Como está acompanhando a política e a Administração de Içara, mesmo sem mandado eletivo?

Michels: “Mandato eletivo nunca foi a força motriz para lutar por minha cidade. Iniciei no associativismo, ajudando a criar a Associação de Jovens Empreendedores, e hoje retorno às entidades da qual sempre fiz parte para fazer o trabalho voluntário, onde a política para as pessoas sempre é maior do que a política partidária”.

Gazeta: As eleições para o Executivo Municipal ainda estão longe, mas para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nem tanto. Você é pré-candidato a um destes cargos ou pelo menos existe possibilidade? Por que?

Michels: “Não sou candidato a nada no pleito do ano que vem. Acredito que plantamos uma semente no município. Sigo, nesse momento difícil de pandemia, visitando e agradecendo a todas as pessoas que nos ajudaram e entenderam o projeto que tínhamos pra cidade”.

Gazeta: Dizem que o trabalho político nunca pode parar. Concorda com esta afirmação? Como você está trabalhando para manter os apoiadores, conquistar novos e continuar a mostrar teus projetos?

Michels: “Concordo porque ser político é profissão para algumas pessoas, mas para mim ser político é uma vocação que independe de ter cargo ou não. Sigo visitando diariamente de maneira simples todas as pessoas, segmentos e entidades, com todos os cuidados necessários. Dentro dos movimentos e entidades voluntárias, deixo sempre meu tempo à disposição para fazer de nossa cidade um lugar melhor”.

Gazeta: Como empresário, qual sua análise da situação político-econômico de Içara, da região e do Brasil? O que está sendo feito de bom e o que ainda falta para apoiar os empresários, que geram emprego e renda?

Michels: “Infelizmente para o setor que mais gera empregos, que é do micro e pequeno empresário, não foi feito nada, ou quase nada, em todas as esferas. Precisa, sim, de um trabalho focado para linha de crédito específico e também isenção de impostos para este momento que estamos passando, para manter empregos, gerar renda e fazer a economia girar”.

Gazeta: Qual a avaliação você faz da situação da pandemia e do que as autoridades locais, estaduais e nacionais estão fazendo para combatê-la. Como analisa este cenário?

Michels: “Infelizmente é um momento ímpar para quem tem 20 anos menos, algo nunca presenciado. Além de atingir economicamente, muitas vidas foram ceifadas. Acredito que 2020 foi de muita novidade, mas de 2021 pra frente sabemos no que estamos vivendo. O poder público precisa cuidar do básico, que é a vacinação, e manter de alguma forma o apoio aos geradores de emprego, afinal é através do emprego que a pessoas conseguem manter suas famílias em segurança”.