MOSCOW, RUSSIA - DECEMBER 28, 2020: A dose of the Gam-COVID-Vak (Sputnik V) vaccine is on display during vaccination against COVID-19 at Branch No 8 of Moscow's outpatient clinic No 121. Vladimir Gerdo/TASS.No use Russia.

Agência apresentou razões para negar compra da vacina russa

Agência Brasil

Após rejeitar o pedido de uso emergencial da vacina do laboratório russo Gamaleya, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou na quinta-feira (29) informações que constam no dossiê relativo ao imunizante Sputnik V. Segundo a agência, após vários questionamentos técnico-científicos, o laboratório responsável não apresentou dados relevantes sobre os problemas levantados pela equipe médica brasileira.

“A Anvisa foi acusada de mentir e atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a presença do adenovírus replicante”, avisou Antônio Barra Torres, presidente da agência. “A Diretoria Colegiada da Anvisa, atendendo estritamente ao interesse público, esclarece que as informações sobre a presença do adenovírus replicante constam no documento entregue pelo próprio desenvolvedor”, continuou.

Segundo Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, a empresa russa atesta em seu dossiê que o processo de fabricação das partículas rAd5-SCov2 pode produzir adenovírus replicante. Uma questão crucial apontada pela Anvisa foi o risco de outros vírus usados na vacina para induzir uma resposta imune se reproduzirem nos pacientes, o que a agência classificou de um defeito grave.

Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (26).