Aumento na procura por imóveis residenciais movimenta mercado imobiliário

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Linhas de crédito facilitadas, taxa de juros mais baixa e oferta e procura equilibradas são fatores favoráveis

Criciúma

Os setores imobiliário e da construção civil estavam em um processo de recuperação constante antes da pandemia, mas, com a chegada dela, as empresas e profissionais da área entraram em estado de alerta. No entanto, ao contrário do que ocorreu com a maioria das esferas econômicas, os ramos imobiliário e de construção não sofreram perdas significativas e conseguem, mesmo durante a epidemia, avançar no movimento de recuperação.

“O que houve foi um sumiço da matéria prima da construção civil, ainda assim, o mercado reagiu positivamente. Embora não esteja dentro do que era almejado antes da pandemia, houve um crescimento em torno de 8 a 9% nas vendas e na produção de imóveis”, comenta o presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), Helmeson Machado.

Um dos principais fatores para que isso tenha se tornado possível é o aumento na procura por imóveis residenciais. Durante o período pandêmico, as pessoas começaram a buscar propriedades novas e melhores, trocar seus imóveis, sair do aluguel e adquirir o primeiro imóvel, o que diversificou a procura.

“A pandemia trouxe novas necessidades e vontades. As pessoas ficam mais tempo em casa, seja a trabalho ou para relaxar, descontrair. Então, elas querem mais conforto e qualidade de vida, o que significa um pátio maior, churrasqueira, espaço para cachorro, para cultivar uma horta. Imóveis residenciais em áreas mais afastadas dos grandes centros também estão em alta”, explica Machado.

As linhas de crédito facilitadas, a taxa de juros mais baixa e a lei da oferta e procura em equilíbrio são fatores que facilitam as condições de financiamento imobiliário. Segundo o presidente do Secovi, os juros estão próximos de 0,65% ao mês, o que é muito bom para imóveis na faixa de R$ 200 a R$ 300 mil – a chamada linha média.

O melhor ano para investir em imóveis

Machado também garante que, em 2021, não há alternativa melhor para quem é investidor do que o imóvel. Inclusive, os imóveis de locação, vistos até 2019 como um péssimo investimento em questão de retorno, passaram a ser a melhor opção. Isso porque, além da rentabilidade mensal, há, ainda, a valorização do patrimônio.

“Para 2021, esperamos alcançar o crescimento que estava estimado para 2020. Além disso, a expectativa é que, a médio prazo, nos próximos cinco a 10 anos, o mercado imobiliário permaneça numa crescente constante, com estabilidade forte, pois a taxa de juros não tende a subir e a inflação tende a ser controlada”, finaliza Machado.