Harmonização facial: um procedimento estético cobiçado

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Difundida no meio médico há pelo menos 40 anos, procura saltou de 72 mil para 256 mil entre 2014 e 2019

Da Redação

O envelhecimento da pele é um processo natural e permanente, que ocasiona mudanças estruturais em todo o nosso corpo, especialmente na face, o nosso cartão de visita. Em busca de um rosto mais jovial e atraente, pessoas têm recorrido a harmonização orofacial.

Para quem não a conhece, a harmonização facial, como ficou popularmente conhecida, é um conjunto de técnicas que assegura proporções equilibradas ao rosto, intervindo em diferentes partes, como nariz, queixo, maxilar, bochechas, testa, olhos e até nos dentes, além de reduzir rugas e marcas de expressão.

Difundida no meio médico há pelo menos 40 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), saltou de 72 mil para 256 mil, entre 2014 e 2019.

Para se ter os benefícios da harmonização facial, nem sempre é necessário passar por um centro cirúrgico, como conta o médico especialista na área, Amir El Haje. “Os procedimentos são divididos em não-invasivos, que atingem a camada superficial da pele, como os lasers, peelings ou a cosmetologia; os minimamente invasivos, que correspondem a técnicas como toxina botulínica e preenchedores; e os invasivos, como rinoplastia, blefaroplastia (pálpebras), prótese de mento, otoplastia e lipoaspiração da papada ou até mesmo a ritidoplastia (plástica da face)”.

Como qualquer outra intervenção, os procedimentos que englobam a harmonização orofacial devem ser realizados necessariamente por especialistas qualificados. “Os profissionais mais preparados para tal são os cirurgiões plásticos, pois dominam o conhecimento mais profundo da anatomia cirúrgica da região da face, mas acima de tudo, como médicos, são os mais aptos a corrigir eventuais complicações”, enfatiza Amir El Haje.

Quanto tempo dura?

Uma das perguntas mais comuns relacionadas ao método é sobre os seus efeitos e duração. “Cada ação tem seu tempo. Obviamente os procedimentos minimamente invasivos serão temporários, dependendo de sua aplicação estética, porém os procedimentos cirúrgicos, como a rinoplastia, serão definitivos”, explica Amir.

E quem pode fazer?

Cada caso é um caso. Por conta disso, uma conversa preliminar com um especialista é necessária, para que se possa avaliar com maior profundidade as possibilidades. “Não é comum realizar preenchimentos e a toxina botulínica abaixo dos 17 anos, assim como em cirurgias invasivas, como rinoplastia ou blefaroplastia. Por outro lado, a otoplastia, cirurgia das “orelhas em abano”, poderá ser realizada em crianças de 7 anos. Para finalizar, processos inflamatórios da pele ou reação alérgica a algum componente também são contraindicações para os procedimentos”, finaliza o cirurgião plástico.