Advento: eis que vem o senhor
Estimados irmãos e irmãs, saudações! Que bom estarmos unidos mais uma vez através desta coluna semanal no Jornal Gazeta! Hoje, 1º de dezembro, queremos refletir sobre uma temática presente na vida da Igreja desde o último domingo, dia 29: o Tempo do Advento, que naquele dia iniciamos.
Assim como há um ano civil, que inicia em janeiro e se encerra em dezembro, na liturgia da Igreja também vivenciamos algo semelhante, o “Ano Litúrgico”, conforme já mencionamos na coluna de semana passada. Essa forma de celebração eclesial nos apresenta os mistérios centrais da nossa fé no período de um ano, iniciando-se com a preparação para a vinda de Jesus, passando pela sua vida pública, chegando à cruz, ressurreição e envio do Espírito Santo e continuando com o testemunho de Jesus e da Igreja ao longo da história.
Como mencionamos acima, no último domingo, 29, a Igreja novamente deu início a essa caminhada: iniciamos o Tempo do Advento – tempo de espera e preparação para a vinda de Jesus entre nós. Visivelmente, as coisas se tornaram um pouco diferentes: por ser esse tempo de espera e preparação, omitimos o canto do Glória, recitado aos domingos durante todos os outros tempos com exceção da Quaresma. Da mesma forma, a veste litúrgica apresenta a cor roxa, própria do recolhimento e da oração. A decoração de nossos espaços celebrativos não trazem belas flores e nossas celebrações, desde os cantos, inclusive, deixam a “animação” um pouco de lado. Utilizamos, também, nesse tempo, a chamada Coroa do Advento, com suas quatro velas, acendendo cada uma delas em um dos domingos do tempo.
O Advento, além disso, é um tempo de dupla espera: aguardamos o Menino Jesus que virá na noite de Natal e vigiamos na expectativa da vinda do Cristo, Rei do Universo, no fim dos tempos, quando julgará os vivos e os mortos. Assim, no Advento esperamos a primeira e a segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na primeira e segunda semanas nossa espera é pela segunda vinda (fim dos tempos). Na terceira e quarta semana aguardamos o Menino Jesus que nascerá na gruta de Belém. Em um dos Prefácios (texto inicial da Oração Eucarística) para esse tempo, vemos exatamente essa realidade: “Revestido da nossa fragilidade, ele veio a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”.
Os evangelhos que ouviremos nos quatro domingos nos dão o tom da celebração de cada semana: VIGIAI, no Primeiro Domingo: “vigiai, portanto, pois não sabeis a que dia o dono da casa vem”. PREPARAI, no Segundo Domingo: “preparei o caminho do Senhor”. APLAINAI, no Terceiro Domingo (Domingo da Alegria): “Eu sou a voz que grita no deserto: Aplainai o caminho do Senhor”. ALEGRAI, no Quarto Domingo: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”.
A medida que vamos avançando nesse tempo, nossa oração também precisa avançar: começamos vigiando e preparando o coração, terminaremos organizando e alegrando a vida para o Salvador que vem. Por ser tempo de vigilância e preparação é também tempo de conversão. Em nossa paróquia, nesta semana, estamos vivendo a Campanha de Oração Talhas de Caná. Até sexta-feira, durante as Santas Missas das 19h30, você encontrará nossos padres atendendo as confissões nos confessionários de nossa Igreja Matriz. Que esse tempo seja, para nós, momento especial de buscar o Senhor, que se deixa encontrar.