Fiesc defende concessão das rodovias para aumentar crescimento econômico

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Segundo a federação, os investimentos na infraestrutura de SC estão abaixo da necessidade do setor produtivo. Os aportes seriam da ordem de R$ 1,7 bilhão

Da Redação

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) promoveu um debate sobre os corredores logísticos e a conclusão é que há carência de recursos para a infraestrutura de transportes no estado. O debate foi divulgado sexta-feira pela revista Amanhã (amanha.com.br).

Pelos cálculos da Fiesc, há necessidade de investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão na infraestrutura de rodovias do estado. Na última década foram destinados à infraestrutura do estado R$ 5,2 bilhões, o que corresponde a apenas 48,3% dos R$ 10,7 bilhões previstos. Por isso, a entidade defende a concessão das rodovias, como forma de ampliar os aportes.

“Os investimentos em infraestrutura estão muito abaixo do desempenho econômico que Santa Catarina vem registrando, muito acima da média nacional”, disse Mario Cezar de Aguiar, presidente da entidade. “É mais barato para a sociedade pagar o pedágio em função das melhorias que serão proporcionadas do que trafegar em rodovias nas condições atuais”, afirmou.

Aguiar declarou ainda que o corredor litorâneo é estratégico para o setor produtivo catarinense. “Precisamos tomar medidas corretivas e fazer obras complementares para que a BR-101 tenha melhores condições de trafegabilidade para os veículos e segurança para o usuário. Isso impacta nos setores industrial, de serviços, de turismo; há um grande prejuízo para Santa Catarina se nós, urgentemente, não tomarmos medidas de melhoria de fluxo na BR-101”, observou à reportagem da revista Amanhã.

Egídio Martorano, secretário-executivo da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc, afirmou que o eixo litorâneo está “agonizando” e deve ser foco de todos os esforços catarinenses. “Não consideramos a BR-101 uma rodovia, mas sim um corredor multimodal pela sua importância. Necessitamos resolver os entraves relacionados aos ajustes econômico-financeiro das obras que não estavam previstos nos contratos. Só o contorno de Florianópolis já não basta. Há muitas empresas que estão no entorno desse corredor, importantes para a corrente comercial de Santa Catarina”, lembrou.

Um estudo da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) realizado em parceria com a Unisul apontou elevação de 12,7% no valor do frete e de 30,4% no custo operacional das transportadoras em decorrência das restrições de trafegabilidade na BR-101.

Outro levantamento da Fetrancesc, este em parceria com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), revelou que em 2018 havia uma demanda de R$ 54 bilhões na infraestrutura de Santa Catarina, sendo R$ 22,6 bilhões no segmento rodoviário.