Primeiras 500 mil mortes foram registradas em seis meses; as últimas 500 mil foram registradas em três meses
Da Redação
O mundo ultrapassou na segunda-feira (28) a marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Em números absolutos, os EUA e Brasil são os países com os maiores números de óbitos.
Além da marca, a velocidade da pandemia também chama atenção: enquanto o mundo levou seis meses para registrar as primeiras 500 mil mortes, foram necessários somente três meses para registrar as outras 500 mil. As últimas 100 mil mortes foram registradas em 12 dias.
No último dia 17, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a aceleração da pandemia na Europa em setembro, impulsionada por altas nas transmissões diárias, principalmente na França e Espanha.
Novas restrições na Europa
Por causa do aumento de casos, vários países europeus anunciaram ou planejam novas restrições para conter a disseminação do vírus. A região de Madri, na Espanha, se apressa para estender as restrições já em vigor a novas áreas. A partir de segunda (28), 167 mil habitantes adicionais – superando, assim, um milhão de pessoas – poderão sair de seus bairros apenas para trabalhar, ir ao médico ou levar seus filhos para a escola, segundo a agência de notícias France Presse.
No Reino Unido houve dois dias de recordes diários na última semana. Quase metade do País de Gales estará em confinamento local: a partir das 18h (horário local; 14h de Brasília) deste domingo, estará proibida a entrada ou saída nas cidades de Cardiff e Swansea, exceto por razões profissionais ou estudantis.
Na França, um coletivo de médicos pediu a implementação de medidas drásticas “a partir deste fim de semana”, para evitar “uma segunda onda mais difícil de administrar para os hospitais e unidades de terapia intensiva (UTI) do que a primeira”.
Em Bruxelas, na Bélgica, bares e cafeterias terão que fechar suas portas às 23h partir de segunda (28). E, na Itália, os torcedores estão muito frustrados porque, por enquanto, os estádios da península não podem receber mais de mil torcedores por partida.
As medidas rígidas vêm provocando indignação e protestos em todo o mundo – como em Londres, onde, no sábado (26), ao menos 16 pessoas foram detidas e quatro policiais ficaram feridos em uma manifestação que reuniu milhares de opositores às restrições.
Os dados mundiais são do monitoramento da Hopkins, com atualização até a noite (22h, no horário de Brasília) de segunda-feira.