Doença caracterizada pela perda intensa de massa muscular, resultando em fraqueza, redução de reflexos e o comprometimento da coordenação motora
Da Redação
Dificuldade para subir escadas, de andar poucos metros, de abaixar e pegar objetos que caíram no chão e de sentar ou levantar da cadeira sem ajuda são sinais de alerta que podem indicar sintomas de sarcopenia, uma doença caracterizada pela perda intensa de massa muscular, resultando em fraqueza, redução de reflexos e o comprometimento da coordenação motora.
A patologia é comum entre os idosos, mas pode se manifestar precocemente em pessoas que não se exercitam e que não têm uma nutrição adequada. “Com o passar do tempo, todos perdem massa muscular. Esse processo inicia a partir dos 30 anos, se intensifica e vai fragilizando o corpo, o que favorece a incidência de quedas e aumenta o risco de lesões e fraturas, pois o paciente não tem força para caminhar ou levantar o pé. Além disso, também pode surgir dor nas costas em função da fraqueza muscular, dor na região do pescoço e má-postura”, explica o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.
Entre os fatores que contribuem para a sarcopenia estão: vida sedentária; redução dos níveis de testosterona, estrogênio e hormônio do crescimento; infiltração de gordura entre as fibras musculares; perda dos neurônios que conduzem o estímulo aos músculos; resistência à insulina; deficiência de vitamina D; ingestão deficitária de proteína e distúrbios cardiovasculares, gastrointestinais, renais e neurológicos.
Apesar das causas da sarcopenia serem conhecidas ainda não existe tratamento para a doença, o que reforça a importância da prevenção. Conforme Reichmann, para amenizar os sintomas a recomendação é a prática regular de exercícios físicos. “Exceto naquelas situações em que outras doenças estão associadas, a indicação incluiu atividades como musculação, desde que sejam compatíveis com a idade e a condição física do paciente e precedida por avaliação médica”, ressalta. Os exercícios também devem ser acompanhados por profissionais como fisioterapeutas ou educadores físicos com conhecimento em fisiologia do esporte.
Alimentação balanceada e, em alguns casos, a utilização de suplementos de aminoácidos que agem no fortalecimento dos músculos também ajudam a prevenir e aliviar os sintomas. Reichmann reforça, ainda, que as proteínas são responsáveis pela construção dos músculos. “Para a composição da musculatura é necessário ingerir pelo menos uma grama e meia de proteína por quilo de peso corporal. A substância pode ter origem em várias fontes alimentares como os ovos, carnes brancas, vermelhas, peixes e produtos de origem vegetal”, conclui.