Somando os 12 municípios, foram 213 contratações a mais que desligamentos, com destaque para Içara, onde foram criadas 203 vagas no mês passado
Criciúma, Içara e Região
O Ministério da Economia divulgou ontem (28) os dados de junho do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e eles trouxeram uma boa notícia para a Região Carbonífera: o mês terminou com saldo positivo entre contratações e demissões. Somando os 12 municípios, foram 213 admissões a mais que desligamentos no mercado de trabalho formal.
No período, houve 3.812 contratações com carteira assinada, contra 3.599 demissões. “Os dados demonstram que a economia da região está reagindo, pois em maio já ocorreu desaceleração no número de desligamentos e no mês passado as admissões já superaram as demissões. É um excelente sinal”, considera o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
Ele ressalta que manter os números positivos dependerá de todos. “Cada um de nós pode colaborar para que essa reação continue, observando as normas sanitárias e seguindo todas as medidas para prevenir o avanço da Covid-19. Não podemos permitir que haja um novo fechamento em massa, restringindo as atividades e colocando os empregos em risco”, reitera.
O desempenho em junho contou com a participação de Forquilhinha, com saldo positivo de 133 vagas; Nova Veneza, com 81; Urussanga, com 74, e Treviso, que teve duas contratações a mais que demissões.
No entanto, o destaque ficou com Içara, ao obter 203 admissões a mais do que desligamentos no período. “Todos os setores da economia tiveram saldo positivo de empregos em Içara: a indústria, o comércio, a prestação de serviços, a construção civil”, celebra o prefeito Murialdo Gastaldon, que é economista.
Segundo ele, já havia essa expectativa em relação ao mês anterior, devido principalmente à instalação de duas unidades atacadistas do ramo de supermercados. “E também em razão da Librelato, que trabalha com implementos rodoviários e teve um resultado muito positivo, pois fornece a empresas que atuam no agronegócio. O câmbio favoreceu, a taxa de juros está baixa e o agronegócio aproveitou para renovar sua frota”, comenta Gastaldon.
Primeiro semestre
Entre os demais municípios da região, o saldo de empregos formais foi negativo em junho: Balneário Rincão (-1), Cocal do Sul (-22), Criciúma (-229), Lauro Müller (-3), Morro da Fumaça (-11), Orleans (-11), Siderópolis (-3). Assim, a Região Carbonífera encerrou o primeiro semestre com 2.292 demissões a mais que contratações, seguindo a tendência do Estado e do país. Santa Catarina abriu 3.721 postos de trabalho formal em junho, mas no acumulado do ano contabiliza uma perda de 53.592 vagas. Em nível nacional, o mês passado ainda apresentou mais desligamentos que admissões, resultando em saldo de 10.984 postos de trabalho a menos. Entre janeiro e junho, foram perdidas 1.198.363 vagas de emprego formal no Brasil.