Nicoli precisa de ajuda para vencer a leucemia

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Içara

A adolescente Nicoli Pereira de Oliveira, de 14 anos, natural de Içara, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (uma doença rara) em 2018. Além da família passar necessidade para conseguir pagar os custos para o tratamento, Nicoli está em uma corrida contra o tempo para encontrar um doador de medula óssea 100% compatível. Ela está há quatro meses internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A sua rotina envolve cansativas sessões de quimioterapia. “Desistir jamais. Já passei por tanto que o que eu mais quero é apresentar logo uma melhora para buscar a minha tão sonhada cura por meio de um transplante de medula”, declara emocionada, Nicoli.

A luta é diária e, agora, mais do que nunca, Nicoli precisa da oração e solidariedade das pessoas. Nesta semana, amigos e familiares de Cocal do Sul voltaram a se unir para mais uma campanha beneficente em prol de Nicoli através de uma Vakinha online (vaka.me/1080426), depósito bancário, caixinhas solidárias no comércio de Cocal do Sul e uma Live que será realizada no dia 17 de Julho, às 20h, com a Banda Back Over.

O objetivo é levantar recursos para ajudar a família com os gastos de aluguel, alimentação, água, energia, entre outros. Ainda não é possível saber se o transplante será realizado em Porto Alegre, Curitiba ou São Paulo. Logo, a família terá que morar de 6 a 8 meses em uma dessas cidades. A mãe, Eliane precisou sair do trabalho para cuidar da menina e o pai faz bico como servente de pedreiro.

“Estamos na luta todos os dias. Somos muito gratos a todas as pessoas que nos estendem as mãos. Tomara que Deus dê tudo em dobro a cada um. Qualquer valor que entrar ajuda no tratamento da Nicoli. A gente correu de um lado para o outro para ela não fazer quimioterapia, mas não tivemos sucesso. Somente um transplante de medula vai curar a minha filha e eu creio que vai aparecer um doador, em nome de Jesus”, assegura Eliane, mãe de Nicoli.

Entre lágrimas, a mãe agradece ainda pela filha que tem e acredita que ela vai vencer.

“Minha filha é tão querida. Não reclama de nada. Muito linda e amada. Pra ela está tudo bom, mesmo no sofrimento. Ela tem um propósito. Antes de descobrirmos a doença, ela disse que ia deixar o cabelo crescer para doar para as crianças com câncer. Depois disso, descobrimos que ela estava com leucemia. Isso me chocou. É muito doído, não desejo para ninguém. O que a gente está passando é muito difícil, mas a gente tem que ter fé em Deus e seguir em frente. Deus está no comando. Ele me deu a Nicoli e agora eu entreguei minha filha para Deus. Sei que Ele está cuidando e vai curá-la para ela poder ajudar muitas pessoas lá na frente”, afirma Elaine.

Tratamento

O tratamento da Nicoli iniciou no Hospital São José, em Criciúma, em 2018. Foram quatro sessões de quimioterapia, mas Nicoli não reagiu bem, o tratamento não estava dando certo. Até que a família com medo de perdê-la, buscou por um tratamento alternativo, com remédios naturais no ano passado. Com a ajuda da população, ela conseguiu ficar 4 meses no Peru, retornando no dia 29 de setembro de 2019.

A mãe relata que de volta ao Brasil, Nicoli começou a ficar ruim. “Foi logo depois que a avó faleceu também com leucemia. Não sei se esse fato mexeu com a Nicoli, mas logo em seguida ela começou a passar mal. Saiu bolas pelo corpo, no pescoço, principalmente, febre alta e ela mal conseguia abrir a boca para comer por causa das glândulas. Minha filha foi trazida para Florianópolis, onde começou a fazer a quimioterapia mais pesada para diminuir os nódulos no pescoço. Para a nossa tristeza, a doença voltou forte. Foram quatro meses de internação, cirurgia do coração, apêndice e muitas idas e vindas para a UTI”, explica a mãe.

Hoje, a menina faz blocos de quimioterapia e a programação dos médicos é em julho iniciar uma quimioterapia mais forte para posteriormente realizar o transplante de medula que ainda necessita de um doador.

“Depois deste tratamento, a Nicoli não poderá mais fazer quimioterapia pesada devido à infecção no coração. Ela pode não aguentar. Os médicos estão tentando manter a doença em remissão. Nossa esperança é encontrar alguém 100% compatível, senão será o meu marido o doador com 50% de compatibilidade. Nossa menina não pode esperar mais”, desabafa Eliane.

Como doar

Para participar desta grande corrente em prol da vida, um grupo de voluntários lançou alguns caminhos para a realização da doação. Um deles é a vakinha online, por meio do link: http://vaka.me/1080426. Caixinhas para doação de qualquer valor também estão sendo colocadas em estabelecimento de Cocal do Sul e uma Live Solidária será feita no dia 17 de Julho, às 20h, com a Banda Back Over.

Para quem preferir conta bancária, pode fazer a doação por meio da conta: Conta: 013 00005578-2. Ag: 4924 – Caixa Econômica Federal, em nome de Elaine Pereira (mãe), CPF: 496.333.259-00.

Cadastre-se e seja um doador medula

A família da Nicoli conta ainda com a solidariedade da comunidade para unir forças para encontrar um doador 100% compatível. A mãe de Nicoli, Eliane pede encarecidamente para que as pessoas façam no cadastro de medula óssea no Hemosc.

“Se cada pessoa se dispuser a ir no Hemosc e fazer o seu cadastro, as chances de vida da Nicoli só aumentam”, afirma.

A campanha se faz necessária porque a maior dificuldade encontrada para a realização do transplante é a compatibilidade. A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar de 1 paciente para 100 mil doadores cadastrados.

O Hemosc tem à disposição todas as condições técnicas e de segurança para quem deseja fazer o cadastro. Quando não há um doador que seja irmão ou parente próximo, a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível. O cadastro reúne as informações, como nome, endereço, resultados de exames, características genéticas de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante. Desta forma, com as informações do receptor, compatível, articula-se a doação.