Três deputados federais do PSL catarinense confirmam mudança para o novo partido
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a aliados que decidiu deixar o PSL e criar uma nova legenda chamada Aliança pelo Brasil. O anúncio foi feito na tarde de ontem em reunião com congressistas do PSL no Palácio do Planalto. A confirmação foi dada por deputados que estiveram no encontro.
O deputado Daniel Freitas (PSL-SC), disse que a criação da nova sigla deve ser finalizada em março. A ideia é que dê tempo de aproveitar uma eventual janela de mudança partidária, o que ainda está em discussão na Câmara. Pode ou não ser aprovada, portanto. Se for, permitirá a troca no próprio mês de março do ano que vem. Trinta deputados aproveitariam a brecha para mudar de legenda, isto com filiados de outros partidos. No entanto, só com uma janela eleitoral eles poderiam sair das siglas em que estão atualmente, devido à regra de fidelidade partidária.
A convenção nacional de fundação do partido está marcada para o dia 21 de novembro, quinta-feira da próxima semana, em Brasília. Em princípio, 29 deputados federais do PSL vão seguir o presidente. De Santa Catarina, além de Freitas, o coronel Armando e Carolina De Toni, estarão com o presidente no novo partido.
Hoje o regramento veda a troca de legenda por eleitos pelo voto proporcional (vereadores, deputados estaduais e deputados federais). Para ocupantes de cargos eleitos por meio do voto majoritário (senadores, governadores e presidente da República), não há impedimento.
Enquanto a criação da nova sigla não for concluída, os deputados continuam no PSL – a não ser que sejam expulsos. Nada mudaria até lá. Nem a liderança da bancada na Câmara, hoje nas mãos do deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho 03 do presidente.
Uma estratégia para viabilizar a nova sigla é a coleta eletrônica de assinaturas, o que é vedado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).