Instituição concedeu coletiva nesta segunda-feira e afirmou que levantou auditoria para apontar os erros de fiscalização

Em entrevista coletiva chamada para própria Afasc, ontem no fim de tarde, a entidade quis reforçar que nada tem a temer sobre a investigação do suposto desvio de carnes, onde resta acusada apenas uma nutricionista da Afasc.

O advogado Alexandre Barcelos João foi quem respondeu à maioria das perguntas. Ele afirmou que a Afasc abriu uma sindicância para apurar os possíveis erros internos. Disse também que o contrato com o fornecedor de carne e a nutricionista suspeita de envolvimento foram suspensos por tempo indeterminado, até que se conclua o inquérito.

Um dos erros internos que devem ser revistos é a atribuição da nutricionista. A acusada era quem formulava a dieta das crianças, fazia os pedidos de carne e fiscalizava as entregas. A carne era entregue nos 32 centros de educação infantis (CEIs) que a Afasc atende. Os recibos eram assinados pelas próprias creches e enviados à nutricionista.

Quantidade de carne desviada

A suspeita da Polícia Civil, que investiga o caso, é de que uma tonelada de carne tenha sido desviada. Esta quantidade, no entanto, não é confirmada pela Afasc. O advogado explicou que a entidade não tem conhecimento do modus operandi da suspeita e, portanto, não tem como validar a quantidade. Informou, no entanto, que, por mês, a Afasc efetuava a compra de cerca de 2,5 toneladas de carne, em um valor de R$ 28 mil.

Nova nutricionista

Alexandre Barcelos João informou que uma nova nutricionista está atuando na Afasc e há um novo fornecedor de carnes, que suprirá a demanda para o resto do ano.