A bolsa essa semana I
Assim como havíamos apontado há algumas semanas atrás, o Índice Bovespa permanece em sua trajetória de tendência de alta no curto prazo. Os pregões entre os dias 30/set e 02/out foram de baixas acentuadas, entretanto sem força suficiente para levar o indicador abaixo dos 100.000 pontos de forma consistente. Revisamos o valor da resistência para a faixa dos 106.400 pontos e o suporte, no curto prazo, está em 99.500 pontos. Durante os primeiros quinze dias do mês de outubro/2019 os contratos de Míni Índice Futuro (WIN) se desvalorizaram em -1,8%, com volume financeiro total de R$1,698 trilhões negociados.
A bolsa essa semana II
Considerando-se a tendência de alta de curto prazo, podemos esperar uma briga nos contratos de Míni Índice Futuro (WINV19) com alvo na resistência dos 106.400 pontos, entretanto. Para os próximos dias os operadores dos contratos de WINV19 deverão estar atentos aos suportes intermediários de 103.700 pontos e, também, de 102.900 pontos.
O dólar futuro essa semana
O Índice de Dólar Futuro (DOLFUT) permanece sem uma tendência clara definida, quer seja ela de alta ou de baixa. Ou seja, o mercado dos contratos de Dólar Futuro estão assume a forma de “mercado lateral”. Atualmente os contratos de Dólar Futuro respeitam a resistência fixada em 4,220 R$/US$ e o suporte de 4,042 R$/US$. Por ora acreditamos que o mercado permanecerá respeitando esse range, com foco em operações de curto prazo.
Expectativas para a Economia I
O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BACEN, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, sendo sempre divulgado em todas as segundas-feiras. O relatório traz o comportamento semanal das previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. Essas informações são muito influentes para a conduta da Política Monetária executada pelo BACEN, pois direcionam o rumo da taxa de juros SELIC. A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB permanece inalterada há seis semanas, com expectativas de que a economia registre crescimento de 0,87% no ano de 2019. Os analistas do mercado financeiro revisaram suas expectativas para a taxa SELIC, reduzindo o valor 4,75% ao ano até o fim de 2019. Há quatro semanas atrás essa mesma expectativa era de 5,00%. Quanto à inflação, mensurada pelo IPCA, também houve revisão das expectativas: o mercado considera que o IPCA pode atingir 3,28% até o fim de 2019. Há quatro semanas o mercado considerava que o fechamento de 2019 para o IPCA seria de 3,45%. O valor esperado para o dólar até o fim do ano aumentou em comparação ao que se acreditava há um mês atrás, com valor esperado de 4,00 R$/US$ no fim de 2019.
Expectativas para a Economia II
O mercado tem revisto frequentemente o valor esperado para o saldo em Conta Corrente, mensurado em bilhões de dólares. Atualmente o mercado prevê que o saldo para o fim de 2019 será de US$ -27,5 bilhões. Essa conta registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências do Brasil com o exterior. Há pouco mais de 4 semanas o mercado acreditava que esse valor seria maior, em torno de US$ -22,6 bilhões. Os Investimentos Diretos no País esperados para 2019 foram estimados em US$ 81,85 bilhões, por sua vez, diminuindo ligeiramente quando comparada a previsão de um mês atrás, estimada em US$ 85,2 bilhões.
Expectativas para a Economia III
Os analistas têm também revisado, para cima, suas expectativas quanto à evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em termos percentuais do PIB. Atualmente o valor estimado pelos analistas é que a DLSP corresponda a 56,05% do PIB em 2019 e com valor crescente ao longo do tempo, atingindo o máximo de 61,1% do PIB em 2022.
Economista Amauri de Souza Porto Junior – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: aspj@unesc.net