As pessoas devem estar dispostas a se adaptar e correr riscos, além de agregar conhecimentos diferentes para tomar decisões

Criciúma

Redes colaborativas, adaptação, ressignificação e superação foram alguns dos pontos levantados por lideranças do Sul do Estado, de Santa Catarina e do Brasil, ontem (26), durante evento virtual sobre o tema “O novo essencial, o novo consumo”, promovido pela Unesc. Participaram da discussão o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Paulo Alvim, o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, e o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin. A mediação foi da reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta.

Para o diretor do Sebrae, as pessoas têm que estar dispostas a se adaptar e correr riscos, além de agregar conhecimentos diferentes, como matemática, negociação e capacidade de tomar decisões. Já Alvim, enfatizou a necessidade do profissional ser um integrador de soluções e que consiga juntar diferentes conhecimentos para a resolução de problemas. E o presidente da Acic, lembrou que o mercado pede por profissionais que sejam empreendedores e tenham iniciativa, independente dos locais que ocupam.

O novo essencial, o novo consumo

A reitora da Unesc enfatizou que a pandemia acelerou a mudança na vida das empresas, antecipando em até sete anos o futuro. “A nossa universidade se adaptou em pouco tempo para trabalhar em modo remoto. Quem não entender as mudanças, inovar e se reinventar terá dificuldades para continuar”.

O secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações chamou atenção para que o fato de que o futuro já está sendo delineado no agora e que neste momento, torna-se claro o papel de protagonistas que a ciência e a tecnologia. “Nunca a ciência foi tão reconhecida como fundamental para o processo de tomada de decisão quanto agora. A tecnologia também tem um papel fundamental. Estamos saindo de um analógico, de equações lineares para o mundo digital, com equações exponenciais. A Matemática passa a ter papel fundamental em tudo e isso é um sinalizador para a área da educação”, comentou.

Alvim destacou ainda que o chamado novo normal não vai mexer apenas no relacionamento das pessoas, mas no ambiente de trabalho e principalmente, será uma janela de novas de oportunidades. “Vamos ter que pensar novos protocolos também na relação cliente e fornecedor. Teremos novas interações e oportunidades para produtos e serviços. O pós-pandemia vai exigir também algo que já estamos percebendo acontecer: a cooperação. Vamos incorporar ela ainda mais nas habilidades empreendedoras, gerando cooperação entre pessoas e negócios dentro de um olhar coletivo”.

Segundo ele, a Covid-19 ainda mostrou que a centralização produtiva em alguns países não dá conta de atender as necessidades básicas de todos e por isso, haverá o fortalecimento da economia local para a entrega de produtos e serviços.