Deputados estaduais receberam técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
Os deputados estaduais que integram a Bancada do Sul defendem que o Governo Federal leve em consideração as condições socioeconômicas da região para definir a quantidade de praças de pedágio a serem instaladas no trecho Sul da BR-101 no processo de concessão para a iniciativa privada. Os parlamentares entendem que a região Sul, menos desenvolvida que a Norte, não pode arcar com o custo mais elevado da concessão rodoviária.
Esta foi a posição manifestada depois do encontro realizado ontem na presidência da Assembleia Legislativa, em Florianópolis com técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Pelo projeto original, estão previstas praças de pedágio em São João do Sul, Maracajá, Tubarão e outro entre Laguna e Imbituba. De acordo com os representantes da ANTT, o valor do teto estimado do pedágio nas quatro praças será de R$4,22, mas que poderá ser reduzido com o deságio oferecido na licitação. A concessão será de 30 anos, mas somente após um ano da escolha da concessionária é que o pedágio passa a ser cobrado.
Participaram da reunião os deputados Julio Garcia, Ada de Luca, José Milton Scheffer, Luiz Fernando Vampiro, Felipe Estevão e Jesse Lopes. Os deputados Wolney Weber e Rodrigo Minotto justificaram a ausência por compromissos fora da capital.
Dos técnicos Gilmar Cardoso e José Alberto Salceda, os deputados ouviram a defesa da concessão para a melhoria das condições de manutenção e melhoria da rodovia, além de impactos indiretos na economia regional, seja pela preferência de transportadores por uma estrada em melhores condições, seja no aumento de arrecadação de tributos pelos municípios cortados pela rodovia federal. Segundo os técnicos, os investimentos da concessionária devem chegar aos 6,5 bilhões, divididos entre custeio e serviços aos usuários e novas obras de melhoria.
Os deputados do Sul reforçaram que tanto a quantidade de praças quanto o valor do pedágio deveriam ser reavaliados pelo Governo Federal para não sobrecarregar aos usuários, especialmente aqueles que frequentemente circulam no trecho Sul da BR-101. Por ser rodovia federal, essas decisões cabem exclusivamente ao Governo Federal.