Muda a competição, mas a história se repete. Pela Copa do Brasil, na quarta-feira, o Tigre sofreu mais uma derrota em clássico do futebol catarinense, a exemplo do que vem acontecendo na atual edição do Estadual. Na Arena Condá, em Chapecó, o tricolor foi derrotado pela Chapecoense por 3 a 2, na rodada de ida da terceira fase. Mas isso não desanimou o grupo, que segue confiando na classificação à próxima etapa.

“Estamos vivos”, resume o auxiliar técnico Juninho. Com a suspensão de Gilson Kleina, expulso quando ainda treinava a Ponte Preta, coube ao auxiliar técnico comandar a equipe à beira do campo.

Ele lamenta que o gol qualificado não seja mais usado como critério de desempate. “Entendo que tinha que premiar o time que vai buscar o gol fora de casa”, salienta. Se a regra ainda valesse, uma vitória por 1 a 0 na partida de volta, marcada para 10 de abril no Heriberto Hülse, já daria a vaga ao Tigre.

Com a mudança, se ao final dos dois jogos houver empate por pontos vai avançar quem tiver melhor saldo de gols na soma das duas partidas. Havendo empate também nesse critério, a decisão da vaga irá para os pênaltis.

Mesmo assim, o grupo avalia que a desvantagem pode ser revertida. “Não era o resultado que a gente queria, mas podemos reverter e buscar a vaga. A gente tem um grande grupo e vamos fazer de tudo para conseguir a classificação”, assegura Vinicius.

“Com 2 a 0 ficava mais difícil, mas houve a reação e acho que entramos de novo na competição. O Criciúma volta vivo, animou com a reação que tivemos no segundo tempo e é esse espírito que queremos para o segundo jogo”, completa Juninho.

 

Revés

 

Na primeira etapa, o Criciúma contou com uma boa oportunidade aos 12 minutos, em chute de Reis que saiu por pouco. A Chapecoense abriu o placar aos 26, com Elicarlos, e ampliou a vantagem ainda no primeiro tempo, com Gustavo Campanharo aos 38.

“A gente chegou tem uma semana, dez dias, não teve tempo para treinar, mas procuramos passar para o grupo como a Chapecoense ia jogar. Nosso início não foi bom e tinha que fazer algo para entrar no jogo. No segundo tempo, posicionamos o meio de campo, com o Julimar e o Reis mais abertos. Com a entrada do Vinicius deu outra característica e com duas jogadas empatamos o jogo”, recorda Juninho.

Na etapa final, o Tigre foi para o ataque em busca de um resultado melhor para decidir a partida da volta em casa. Vinicius entrou aos 20 minutos e na sequência cruzou para Sandro mandar para o gol. Aos 23, Caíque cruzou na cabeça de Bruno Cosendey para igualar o marcador. Em uma cobrança de falta, Marlon quase colocou o tricolor em vantagem, mas na reta final a Chapecoense chegou à vitória com gol de Lourency.

“Foi um jogo em que a Chapecoense soube controlar, abriu dois gols. Conseguimos empatar, mas houve desatenção e tomamos o terceiro gol. Temos que aceitar e, devido às circunstâncias, foi um resultado para decidir em casa”, avalia Wesley.

“A gente começou disperso no primeiro tempo, mas valeu pela entrega no segundo e está tudo aberto”, concorda Bruno Grassi. O Tigre jogou com Bruno Grassi; Maicon, Sandro, Derlan e Marlon; Zé Augusto, Bruno Cosendey (Jean Mangabeira), Daniel Costa (Vinicius) e Caíque (Wesley); Reis e Julimar.

 

Treinador ressalta a importância dos reforços

 

Contra a Chapecoense, o Criciúma já pôde contar com os reforços do meio-campista Wesley e o atacante Vinicius, que entraram durante a partida e viraram opção também para o jogo deste domingo, às 16 horas, contra o Metropolitano, no estádio do Sesi, em Blumenau.

“O Vinicius e o Wesley não aguentam o jogo todo ainda, têm que entrar aos poucos, para não vir lesão”, pondera o auxiliar técnico Juninho. Também recém-contratado, o centroavante Léo Gamalho vem treinando para aprimorar a parte física e poder estrear.

O técnico Gilson Kleina ressalta a importância de reforçar o grupo com jogadores mais “cascudos”, como ele mesmo define. Atletas como o experiente Wesley e Vinicius.

“O Vinícius chegou no ano passado conosco (na Chapecoense) para fazer a Libertadores. Teve uma lesão séria, recuperou no final e chegou até a entrar nos jogos, quando o comando já era com o Guto (Ferreira). Era base do Palmeiras, um menino que lançamos com 16 anos em uma Libertadores, em 2013, tem muito potencial”, avalia.

Assim como em Chapecó, diante do Metropolitano o tricolor não poderá contar com Eduardo, que cumpre suspensão pela expulsão contra o Avaí na rodada passada. “O Eduardo fez falta, é um dos principais jogadores do grupo”, diz Juninho.

 

Chances de classificação se mantêm no Catarinense

 

Ainda que tenha perdido para o Avaí no último domingo, o Criciúma mantém as chances de se classificar às semifinais do Catarinense, pois a rodada foi ruim também para os adversários na briga pela última vaga no G4.

Com 18 pontos, o Tigre tem dois a menos em relação a Marcílio Dias e Brusque, que igualmente perderam seus compromissos no fim de semana. Nessa disputa, o Joinville entrou depois de vencer o Figueirense em Florianópolis e chegar aos 20 pontos também.

Pela 16ª rodada, o JEC vai receber o Marcílio Dias na Arena, neste sábado, às 16 horas. Já o Brusque vai a Chapecó enfrentar a Chapecoense na Arena Condá, no domingo, às 18 horas. A rodada ainda terá Avaí x Atlético Tubarão (sábado, às 18 horas) e Hercílio Luz x Figueirense (domingo, às 16 horas).