De acordo com levantamento realizado pela prefeitura de Balneário Rincão, o total de área coberta por água no município é de 930,442683 (hectares). Existem sete lagoas: a Lagoa dos Freitas, Urussanga Velha, Faxinal, Esteves, Jacaré, Barra Velha e Rincão. Além disso, são 13 quilômetros de orla marítima.
“O abastecimento de água da cidade vem da captação da Lagoa do Faxinal. Com o objetivo de manter a qualidade de água das lagoas e mar do município, realizamos fiscalizações com frequência, em parceria com a Fiscalização de Obras e fiscais da Vigilância Sanitária, evitando lançamento de efluente sanitário direto no corpo hídrico, por exemplo”, explica o engenheiro ambiental do município, Paulo Amboni.
A água é um recurso natural e está presente em quase todos os momentos de nossa vida, seja para higiene pessoal, consumo, preparo de alimentos, transporte, ou ainda gerar energia. Porém, de acordo com o engenheiro, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos.
“A principal forma para evitar o desperdício e preservar a água é através da conscientização da população. Educar as novas gerações é o meio necessário para superar barreiras e garantir a qualidade de vida para homens, animais e vegetais”, entende.
Em Içara, não há captação de água para distribuição à população. O consumo é garantido com a compra de água de Balneário Rincão e o abastecimento através da rede que vem da Barragem do Rio São Bento, ambos sob a responsabilidade da Casan. A empresa faz a gestão do serviço conforme contrato assinado com o município.
A geóloga Yasmine de Moura da Cunha, da Unesc, deixa um recado para os mais jovens. “Sejam os multiplicadores das questões em defesa da água, mantenham-se informados sobres estas questões, sejam participativos em grupos em defesa do ambiente”, recomenda.
Medidas simples podem ajudar a proteger a natureza
Algumas medidas simples podem ser tomadas para que os mananciais sejam preservados. Segundo a bióloga Morgana Cirimbelli Gaidzinski, é preciso evitar deixar torneiras e chuveiros abertos por muito tempo, realizar o descarte de pilhas e baterias usadas em lugares recomendados, além do descarte correto de resíduos domésticos e o reaproveitamento da água de chuva para atividades rotineiras.
“Ações referentes ao despejo de defensivos químicos utilizados em lavouras deve ser reduzido com práticas alternativas, bem como o tratamento adequado do esgoto seriam fortes aliados na preservação dos mananciais”, aponta.
Além disso, existe a preocupação com a preservação das nascentes de água. “Quem é proprietário de uma área com presença de nascente deve lembrar sempre que não é dono da nascente, pois a água é um bem comum e a ele cabe a preservação/conservação das nascentes em sua propriedade”, ressalta a professora Yasmine de Moura da Cunha.