É comum após o término de uma obra sobrar algum tipo de material de construção. Mas em muitos casos, quando não são reaproveitados em outros serviços, essas sobras costumam ficar paradas, ocupando espaço, enquanto poderiam colaborar com uma família menos favorecida.
Para discutir o assunto, a Administração Municipal de Içara reuniu-se com empresas e lojistas de construção civil, visando a criação de um banco de materiais de construção.
A implantação foi sugerida pela vereadora Edna Benedet, através de indicação ao Executivo. A finalidade da proposta é o armazenamento e redistribuição de sobras de matérias primas da construção civil para posterior doação preferencialmente à população em situação de vulnerabilidade social, na construção, reforma ou recuperação de moradia própria.
De acordo com a autora da indicação, o objetivo é receber doações de pessoas físicas ou jurídicas, empresas públicas, fundações, sociedade civil organizada, ONGS, associações, dentre outras, de materiais de construção que serão doados através da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Renda, às famílias de baixa renda, inscritas no CadÚnico.
De acordo com o prefeito Murialdo Gastaldon, trata-se de dar um destino viável à materiais que poderiam ser desperdiçados. “A intenção é que após uma construção, avalia-se o que pode ser reaproveitado e que seja destinado ao banco social, favorecendo uma população previamente cadastrada no banco”, aponta.
A primeira conversa, realizada na noite de terça-feira, serviu para avaliar a viabilidade do projeto. “A questão da solidariedade e da articulação entre os segmentos público e privado foram elementos que fizeram com que comprassem a ideia e colaborassem conosco”, explica a secretária de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Renda, Fabiana do Amaral.
O público que será contemplado são famílias e indivíduos dos serviços, programas, projeto e benefícios socioassistenciais e entidades devidamente constituídas e atuantes no município de Içara com inscrição no conselho respectivo, conforme sua área de atuação.
Nos próximos dias, a equipe da secretaria e representantes das empresas estarão formando uma comissão para elaborar metodologia do funcionamento do projeto. “Há pessoas que realmente não têm condições de comprar todos os materiais e essa é uma opção que com certeza irá ajudar muito quem precisa”, entende o mestre de obras Antônio Carlos Alves Biano.