O município de Balneário Rincão recebeu 900 doses da vacina contra a febre amarela, destinadas à aplicação na população de nove meses até 59 anos de idade, porém boa parte dessas doses não estão sendo aplicadas, em virtude da baixa procura pela imunização.
“A procura está bem baixa, até quero enfatizar para as pessoas procurarem fazer a vacinação, porque tivemos casos aqui próximo, no Paraná, de febre amarela. Então, para a comunidade do Rincão procurar uma unidade próxima de casa e fazer a vacina”, indica a enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município, Vera Lucia Leal Oliveira.
As vacinadoras das unidades de saúde da Pedreiras, do Rincão Sul e Rincão Centro estão imunizando desde o dia 1º de fevereiro, quando iniciou a campanha, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas.
A única unidade que começou os atendimentos mais tarde foi a de Barra Velha. Segundo Vera, inicia nesta quinta-feira, a fim de assegurar a eficácia das vacinas. “Estávamos observando a temperatura da geladeira nesses dias para depois colocar as vacinas”, justifica.
A partir desta quinta-feira, a unidade do Rincão Centro também vai prestar os serviços de vacinação no período noturno, com o objetivo de ampliar o público imunizado. O horário para vacinação será das 17 às 21 horas, até o fim da campanha.
Aedes aegypti pode transmitir a doença
No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes albopictus também transmitir os vírus.
Diante disso, para evitar essa e outras doenças, o Estado vai intensificar as ações de combate ao mosquito, contando inclusive com o apoio de entidades empresariais.
A superintendente da Vigilância em Saúde (SUV), Raquel Bittencourt, ressalta que o objetivo dessas parcerias é evitar a proliferação do Aedes aegypti. “Santa Catarina sempre se mostrou unida. Precisamos dessa união no combate ao mosquito, que em apenas sete dias tem um ciclo completo, ou seja, ao depositar os ovos em locais com água parada, em uma semana já temos novos mosquitos”, destaca.
Dentre as ações propostas estão a implantação da coleta de resíduos sólidos; divulgação de material de conscientização sobre medidas de controle do mosquito, orientação à população; manutenção e cuidados com a estrutura física dos estabelecimentos, evitando locais que acumulem água.
O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, acrescenta que o poder público precisa da parceria da sociedade na eliminação de potenciais criadouros do mosquito. “Temos que sensibilizar a comunidade para a responsabilidade de cada morador no combate ao mosquito. Temos que começar pelos nossos quintais. Se cada um fizer sua parte e falar com a família e os vizinhos, teremos êxito no trabalho. Evitando os criadouros, evitamos o aparecimento das doenças”, enfatiza.