Hora de definir

Associados da Cooperaliança têm encontro neste sábado para definir os rumos da cooperativa pelos próximos quatro anos. Duas chapas estão na disputa. De um lado, Reginaldo de Jesus, apoiado pela maioria absoluta das lideranças políticas, comerciais e empresarias da cidade. Candidato a presidente, ele conhece bem o funcionamento da cooperativa, onde atuou como um dos diretores. Vai para a disputa com a promessa de lutar pela manutenção dos subsídios, investimento em tecnologia e ampliação dos serviços. Do outro lado, a chapa de Josimar da Silva. Formada por militares reformados, a chapa se apresenta como uma chapa do partido de Bolsonaro (fato descartado pelo comando do partido em Içara) e vai para a disputa com a promessa de ampliar a transparência, realizar auditorias e cortar os custos da entidade. Se fosse uma disputa lógica, a vantagem absoluta seria da chapa de Reginaldo de Jesus, mas a última eleição deixou claro que a lógica não ganha eleição. Justamente por conta disso, a aposta é de um pleito bastante equilibrado e tenso. É aguardar o final de sábado para ver o que vai dar.

Chapa 2 não é PSL

Tenho alegado nas últimas colunas que a Chapa 2 é do PSL. Até porque a chapa se apresenta assim, como a chapa Bolsonaro, e tem adotado até o mesmo o slogan da campanha do presidente. No entanto, o presidente do PSL de Içara, Marcos Viscardi, entrou em contato e descartou a ligação do partido com a disputa. Confira a nota: “O Partido Social Liberal (PSL) vem a público prestar alguns esclarecimentos. O partido não é responsável pela candidatura de nenhuma chapa que concorrerá às eleições da cooperativa em Içara. As candidaturas e demais membros que compõem a chapa são realizadas por pessoas físicas unilaterais e não jurídicas, pois a Cooperaliança é uma instituição com direitos privados e acreditamos que ela tenha que ser gerida de forma apartidária para não sofrer influências. O PSL está no trilho das renovações politicas acolhendo a aclamação da sociedade que está cansada de tanta corrupção e improbidades, por isso estaremos aptos incondicionalmente a lutar pelos interesses e anseios que permeiam em nosso cotidiano, inclusive nossos direitos como consumidores das estatais, instituições e autarquias”. Assinam a nota Marcos P. Viscardi, presidente da executiva de Içara, e Marcos (Paulista) Stancatti, presidente da executiva do Balneário Rincão.

Cotado

Senador catarinense Esperidião Amin segue cotado para disputar a presidência do Senado. Ele é amigo de Jair Bolsonaro e há quem entenda que isso o dá uma certa vantagem.

A dúvida é o quanto Bolsonaro irá se envolver nesse processo. Vale lembrar que o presidente passa por cirurgia na próxima semana e com isso fica, pelo menos por alguns dias, fora de combate. Amin já tem recebido alguns sinais claros de apoio, como do também catarinense Jorginho Mello. Claro que também enfrentará muita resistência. Em 2015, o então senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) também tentou a sorte, mas acabou sendo vencido por Renan Calheiros, do mesmo partido e de ficha corrida bem conhecida.

Na Câmara

Geovania de Sá vem trabalhando para tentar um espaço no comando da Câmara dos Deputados. Tem bom trânsito com muitos parlamentares e isso pode contribuir na briga para ocupar uma das secretarias da casa legislativa.

 

Na Alesc

A tendência é que a experiente deputada Ada de Luca opte por seguir fora da nova Mesa Diretora. Deve ajudar a comandar a bancada do maior partido da Alesc, o MDB. Vai ter mais liberdade para trabalhar, fiscalizar e apresentar projetos.

Correios

O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, disse nessa quinta-feira que, “por enquanto”, não há planos de privatizar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Mais cedo, ele participou de evento sobre os 356 anos dos Correios e homenagem ao Dia do Carteiro. “Por enquanto, não”, respondeu. Sem entrar no mérito da privatização, mas é preciso reconhecer que os Correios há muito tempo já não prestam mais o mesmo serviço e algo precisa ser revisto.

Economia solidária

“Uma vitória dos empreendedores e dos empreendimentos solidários catarinenses”. Assim define a deputada estadual Luciane Carminatti, autora da Lei 17.702 /2019, que garante a criação da Política Estadual de Economia Solidária em Santa Catarina e foi sancionada na íntegra na última terça-feira. “Hoje, os empreendimentos solidários não têm vez no orçamento estadual. Entre eles, estão feiras, associações e cooperativas de áreas como reciclagem, agricultura familiar e artesanato. Enquanto deputada e coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária, acompanhei de perto os anseios e dificuldades que esses grupos enfrentam para se manter e conseguir comercializar a sua produção. A nossa lei vem para mudar essa realidade”, reflete a parlamentar.