Os pais ou responsáveis que desejam comodidade na hora de fazer a compra de materiais escolares precisam se antecipar. Neste mês, o movimento é menor em papelarias e outros estabelecimentos que comercializam os produtos. Apesar das aulas iniciarem apenas em fevereiro, no dia 11 na rede estadual e no dia 19 na municipal, garantir os itens da lista ainda em janeiro é uma boa opção, segundo os lojistas.

“É melhor comprar por agora, porque em fevereiro fica bem cheio. Com isso, a pessoa pode se sentir desconfortável com o tumulto, e fora que agora está mais tranquilo. Agora também tem bastante opções de produtos. No final diminui porque nem sempre conseguimos abastecer a tempo”, relata o operador de caixa de uma papelaria no Centro de Içara, Marcel Farias Casagrande.

“Vai pegar tudo que tem de lançamentos e é também um momento mais tranquilo para comprar. Mais para o final, a gente está esperando um tumulto. Agora ainda tem muita gente na praia, viajando. Então está mais tranquilo”, conta a proprietária de uma papelaria no Jardim Elizabete, Marli Rosa dos Santos Vieira.

“Quem já está com a listinha na mão está comprando bem tranquilo”, garante a proprietária de uma papelaria no Centro, Iêde Cardoso dos Santos. Ainda, de acordo com ela, quem adquire os produtos escolares por agora consegue todos os itens da lista.

“Agora a loja está com todo o suprimento necessário, mas caso ocorra uma procura violenta em fevereiro, pode vir a faltar algum item. Quem vem antes e não encontra algum material da lista, a gente faz o pedido do item que chega antes daquele período de aula”, informa Iêde.

“Na última hora, por experiência, a pessoa não sai satisfeita. Por conta do movimento, não é possível dar uma atenção especial. Quem está comprando agora está saindo muito satisfeito”, completa a comerciante.

 

Estímulo

 

Uma ação criada pela papelaria onde Casagrande atua estimula os clientes a antecipar as compras. “A gente está com uma promoção para quem comprar agora, que é de pagar a primeira prestação só em março. Então, é como se estivesse comprando em fevereiro”, aponta.

 

Procura ainda é pequena, segundo lojistas

 

A procura pelo material escolar ainda é pequena, segundo o relato dos lojistas de Içara. No Centro, a demanda está dentro do esperado para o mês, de acordo com os entrevistados, e a expectativa de aumento fica para fevereiro. “Por enquanto está bem tranquilo. Geralmente, o pessoal deixa para o final de fevereiro, mais próximo da volta às aulas”, conta o operador de caixa Marcel Casagrande.

Entretanto, a procura por orçamentos segue alta na loja. “A parte do orçamento tem bastante gente pedindo”, revela. Em outra papelaria, a proprietária Iêde Cardoso dos Santos resume o movimento em três categorias. “Alguns estão comprando, outros estão orçando e outros apenas olhando”, aponta.

Os clientes já fidelizados estão se antecipando nas compras, de acordo com Marli Rosa dos Santos Vieira. “Os clientes antigos já estão comprando, porque eles preferem uma atenção especial e também gostam dos lançamentos”, justifica.

Mas não são só os consumidores fiéis, os novos também estão indo às compras. “Muitos vêm pesquisar os preços, mas acabam gostando e já levam”, comenta a proprietária da papelaria no Jardim Elizabete.

Ela, inclusive, nota uma diferença em relação ao mesmo período de 2018. “Eu vejo que as pessoas estão se antecipando nas compras, diferente do ano passado, em que a maioria deixou para comprar perto da volta às aulas. Acho que esse ano o pessoal está se antecipando”, declara.

 

Pesquisa antecede as compras

 

Em busca de local com bons produtos e preços justos, os pais recorrem a um método de mensuração: a pesquisa ou orçamento. O gerente administrativo de um supermercado no Centro, Custodio Abílio da Silva, vem notado isso no estabelecimento.

“Existe uma procura por orçamentos. As pessoas gostam de avaliar os preços, comparar. No mercado os preços são expostos nas prateleiras, então conseguem comparar com maior facilidade”, coloca o empresário.

O Procon de Içara também comparou preços e encontrou, em um dos itens de material escolar, variação de 700% entre um estabelecimento e outro. “Dos 30 itens pesquisados, somente dois tiveram diferença de preço abaixo de 50%. Em 13 casos, essa variação ficou entre 50% e 100% e a disparidade superou 100% em 16 produtos”, informa a diretora executiva do órgão, Karoline Calegari.

A pesquisa na íntegra está exposta na sede do Procon, na rua Altamiro Guimarães, 356, no Centro. Além disso, pode ser requisitada pelo e-mail procon@icara.sc.gov.br. O órgão de defesa do consumidor atende de segunda a sexta-feira, das 7 às 13 horas.