Assembleia hoje, às 15 horas, deve decidir se os funcionários farão protesto contra a falta de pagamento do 13º salário
Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Criciúma e Araranguá podem deflagrar paralisação das atividades nos próximos dias. Uma assembleia será realizada hoje, às 15 horas, no Sindicato em Criciúma, para avaliar o protesto. Eles estão sem pagamento do 13º salário, das férias e sem reajuste salarial há mais de três anos.
A empresa gestora, Ozz Saúde, segundo o sindicato, também não está cumprindo a convenção coletiva da categoria. Em nota emitida pela Organização Social ao Sindicato, a Ozz alega não estar recebendo o repasse da Secretaria do Estado da Saúde há pelo menos um ano e acumulando uma dívida de R$ 20 milhões. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido, explica que esta situação é de longa data.
“Sai gestora entra nova gestora e o problema é sempre o mesmo. Eles tem que resolver com o Estado o repasse e não continuar prejudicando os trabalhadores. Se for aprovada a paralisação, iremos definir a data para entrar em greve”, pontua o diretor. São cerca de 70 profissionais na região. Os trabalhadores da Upa de Criciúma, Hospital de Nova Veneza e de Sombrio também estão sem receber o 13º salário.
Em nota, a Ozz Saúde, empresa contratada pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina para fazer a gestão dos serviços e fornecimento de insumos ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, disse que “vem realizando todos os esforços necessários e possíveis para a manutenção dos serviços do Samu 192”.
A empresa alega realmente não ter recebido os devidos pagamentos do Governo do Estado de Santa Catarina. “Mesmo com todos os esforços que a OZZ Saúde vem realizando junto a SES, buscando conscientizar o governo do estado sobre importância de se realizar os pagamentos em atraso a mais de 12 meses, até a presente data não houve qualquer pronunciamento formal da SES sobre o efetiva quitação deste débito, que atualmente ultrapassa R$ 20 milhões”, reforça a nota.