Exame preliminar em criança de um ano e cinco meses morta ontem deu negativo para a doença
Pais, familiares e comunidade ao redor do Centro de Educação Infantil Aníbal Maria di Francia, no Bairro São Francisco, estavam apreensivos com a possibilidade de um surto de meningite após a segunda morte de criança em menos de 24 horas. Na madrugada de segunda-feira (23), um bebê de 7 meses morreu da doença após ser internado com febre de 40º no Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC). Ontem, outra criança, de um ano e cinco meses, teve o primeiro exame de sangue negativo para a doença.
A Vigilância Epidemiológica do município, no entanto, descartou que esteja havendo um surto de meningite. Apesar da negativa prévia do laboratório de Criciúma para a bactéria da meningite, a hipótese só pode ser descartada quando tiver o resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Florianópolis.
Mesmo CEI
Ambos os meninos frequentavam o CEI Aníbal Maria di Francia. A unidade foi fechada, em função da suspeita de meningite, por tempo indeterminado pela Secretaria de Educação. A Vigilância Epidemiológica optou por ampliar as doses de medicação profilática para todos os frequentadores da creche e não apenas àqueles que dividiam a sala com as vítimas.
A coordenadora do setor de agravos do órgão, Michele Hilário, disse que o caso de segunda-feira não tem relação com a morte por meningite em agosto do ano passado no mesmo CEI. “Não tem relação, a bactéria é transmitida pelo ar, mas se dá por gotículas e qualquer pessoa saudável pode ter a bactéria e transmiti-la para outra pessoa com imunidade baixa”, explica.
Segundo laudo do Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), o bebê de sete meses estava com a bactéria da meningite. A causa da morte foi por meningococcemia, um quadro mais grave da doença.
O menino de um ano e sete meses internado no HMISC também apresentava febre alta e teve a mesma evolução rápida dos sintomas, falecendo na manhã de ontem. Na primeira prévia do laboratório de Criciúma não foi encontrada a bactéria da meningite, mas a hipótese só pode ser descartada quando tiver o resultado do Lacen de Florianópolis.
A Vigilância Epidemiológica afirmou que está atenta aos quadros da doença na cidade e que já tomou todas as medidas preventivas, tanto no hospital quanto na creche que as duas crianças frequentavam.