Catedral acolhe a ordenação presbiteral do diácono Eduardo
A Catedral São José, no centro de Criciúma, abriu suas portas para acolher, no sábado passado, às 15 horas, fiéis de toda a Diocese para a missa com rito de ordenação presbiteral do diácono Eduardo Felizardo de Andrade. A celebração foi presidida pelo bispo Diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach. O diácono, que tem 37 anos de idade, neste ano está a serviço da Paróquia Santo Agostinho, em Rio Maina. Durante toda esta semana que antecede o grande dia da ordenação, ocorreu a Semana Vocacional, com visitas e celebrações nas comunidades da Paróquia São José e promoção vocacional nas escolas.
O início de tudo
Eduardo cresceu no bairro Nossa Senhora da Salete, onde morou com os pais, Valter e Elizabete, e suas duas irmãs, Elem e Beatriz. Foi na comunidade que sua vocação despertou, ainda na infância. “Somos de uma família simples, porém com muita dignidade e uma profunda vivência religiosa. Minha família sempre esteve ligada às coisas da comunidade e isto sempre foi um exemplo para mim. Meus pais sempre me levaram às missas e isso foi a herança mais bela que recebi: a educação na fé católica. Por volta dos dez anos de idade, despertou um interesse, uma curiosidade pela vida de padre. Quando voltava das celebrações com a família, pegava a folhinha da missa e ficava rezando a parte do padre, mas era muito pequeno e não tinha noção das coisas da vida naquele momento. O tempo passou e a curiosidade passou, então vivenciei a juventude normal. Entre trabalhos, estudos, festas e namoro. Porém, aos 23 anos, retomei minha caminhada enquanto igreja, me dedicando à vida pastoral. Fui amadurecendo e discernindo a vocação, pois tinha a certeza que era um caminho difícil e de muitas renúncias. Foi então que decidi fazer uma experiência no anonimato: fiz um propósito de vida pessoal de ficar dois anos me dedicando somente às coisas da Igreja, como se fosse padre, mas no silêncio do coração. Após esse discernimento, meu coração encontrou muito sentido existencial, baseado na espiritualidade e na doação para o outro. Foi então que percebi que tinha a possibilidade de ser padre. Assim, decidi, aos 27 anos, entrar no seminário, no ano de 2009”, recorda o diácono.
O lema de ordenação
Baseado em sua experiência de vida e sua entrega total à vocação, Eduardo escolheu como lema para sua vida sacerdotal “Seduziste-me, Senhor; e eu me deixei seduzir”, extraído do texto bíblico do livro do profeta Jeremias (20,7). “Este lema resume toda a minha história de vida, pois fui seduzido por Jesus na minha juventude. Nada me atraiu tanto como a pessoa de Cristo. Depois que O conheci verdadeiramente, minha vida tomou outro sentido, outro sabor. Assim, deixei que Ele conduzisse minha história e percebi, rapidamente, que valeria a pena doar minha vida por Ele. Nunca senti tanta alegria e vontade de viver depois que descobri o Amor de Deus, e principalmente dentro da Igreja Católica”, pontua o futuro sacerdote.
Vocação acertada, vida feliz”
O diácono garante que chega ao altar com muita consciência e alegria. “A ordenação é o grande momento que coroa uma caminhada longa de discernimento vocacional. É a consagração a Deus, é entregar-se por este amor maior. É dar a vida sem reversa, uma doação gratuita e generosa à Igreja e a Jesus Cristo. É ouvir a voz interior da vocação e ter maturidade para dar este sim. É ter coragem de dividir a vida com as pessoas e ser um sinal de esperança e amor. Quando comecei este caminho, meu desejo era ser um homem feliz, e foi no sacerdócio que encontrei a felicidade!”. Eduardo afirma que muitas pessoas se unem ao seu coração, às vésperas de sua ordenação sacerdotal. “Neste caminho, vamos conhecendo muitas pessoas que ajudam, financeiramente e, principalmente, na oração. Mas de modo especial, agradeço aos meus pais e minha família, que sempre foram meu apoio e base e por todos que contribuíram nesta caminhada”, completa.